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4 ago 2005 - 10h12

Privilégio para poucos

Depois de uma retirada estratégica após a final da Copa Libertadores da América volto a ocupar esse grandioso espaço e se você me permitir a tomar seu precioso tempo por alguns minutos. Estava aguardando como o time vice-campeão das Américas iria se comportar no Campeonato Brasileiro, pois a última posição que nos incomodava já há algumas rodadas não nos pertence mais, o time está numa crescente e é uma questão de tempo para buscarmos uma vaga na Copa Sul-americana, e claro, os pontos deixados de ganhar no começo do campeonato nos farão falta para brigarmos pelo título novamente.

Mas hoje quero me referir a um jogador que como muitos que já passaram pelo Atlético vão do céu ao inferno em 90 minutos, esse jogador chama-se Lima. Muitos já escreveram pedindo desculpas a ele, de como ele foi tratado e tachado desde a sua chegada ao Atlético e agora chegou a minha vez.

Será que seria muito comparar Lima ao incendiário Kleber? Esse mesmo Kleber que cansou de fazer golaços e de perder gols imperdíveis, esse mesmo Kleber que num Atletiba se abaixou para pegar sua corrente de ouro anulando assim um contra ataque que poderia resultar em gol. Kleber era amado e odiado pela torcida em uma única partida e isso está acontecendo com Lima desde a sua chegada. Na partida contra o Fluminense, Lima estava com uma tendinite mas foi para o jogo. Estava mal, Antônio Lopes fez Caetano se aquecer, tirar o agasalho e quando estava a beira do gramado para entrar, o iluminado Lima apareceu e completou para o fundo das redes o rebote do goleiro empatando o jogo e logo mais de cabeça ele desempatou o jogo. Na partida de ontem foi à mesma coisa, ele estava tropeçando na bola, errando passes e começando a irritar a torcida, eis que vem um cruzamento da esquerda feito por Fabrício e lá está ele novamente nos dando a vitória novamente. Por isso digo e repito que o futebol é apaixonante. E tem mais uma coisa, querendo ou não, Lima é o artilheiro do Furacão na temporada 2005.

Farei menção a mais um jogador que desde que chegou aqui sempre respeitou o clube e o manto sagrado, longe de ser um craque, mas aprendeu com as adversidades e mesmo perdendo o pênalti na final da Libertadores, ele deu a volta por cima e hoje é um dos mais importantes jogadores do time, esse jogador como todos sabem é Fabrício. Não posso tratar Fabrício como Lima porque desde que chegou a Curitiba em 2002 esse ano é o que ele está se sobressaindo pois nos anos anteriores ele era duramente criticado por todos (me incluam nesta lista) pois ele se escondia do time dentro da partida como se ali não estivesse, não assumindo as suas responsabilidades.

Lima e Fabrício recebam meus cumprimentos e minhas desculpas, afinal de contas desde que vocês chegaram ao clube vocês estão fazendo por merecer o respeito e os aplausos da nossa imensa e apaixonada torcida.



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