Defeitos e virtudes de um ótimo goleiro

Qual é o ídolo da moda? É assim que estão sendo tratados os destaques atuais (em todas as áreas). Mas será que atualmente temos algum bom exemplo a ser seguido? No Brasil, talvez pela falta desses bons exemplos, os ídolos aparecem e desaparecem com certa facilidade, de acordo com o interesse de alguns poucos. Ultimamente, temos sido “presenteados” com uma leva de falsos ídolos. Pessoas que mal se destacam em suas atividades e já se tornam ídolos “fabricados”, os “salvadores” da nossa Pátria. O mercado exige o constante surgimento dessas pessoas “bem” sucedidas (ainda que por pouco tempo) para que, assim, possam representar suas marcas, trazer audiência, influenciar pessoas. O esporte “é” pródigo nisso.

Bons eram os tempos em que os ídolos eram formados pelas suas reais habilidades, pelo amor verdadeiro que demonstravam por aquilo que se dispunham a fazer e, dessa forma, conquistavam o respeito das pessoas, sem que, para isso, fosse necessária a imposição de terceiros. O esporte “foi” pródigo nisso.

No contexto do futebol, mais especificamente do Atlético, temos algumas pessoas merecedoras da denominação ídolo. Quase todos eles, eu nunca vi jogar, mas muito li e ouvi falar! Alguns mais conhecidos dos torcedores como: “O craque da oito”, o “cara” de nome estranho, Barcímio Sicupira, o maior artilheiro do Furacão. A “Majestade do Arco”, o goleiro Caju, talvez o maior ídolo de todos os tempos do Atlético. Julio, o “Jogador da Raça”, que, em tempos de crise chegou a doar o seu passe ao Atlético, demonstrando o seu amor ao Furacão. Outros, de igual importância, porém com a história pouco divulgada como: Zanetti, Laio, Cireno, Jackson, Alfredo Gotardi Junior, Nivaldo, Joel e outros.

Pontos comuns entre estes jogadores: fizeram do Atlético o maior Clube de todos em suas vidas, amaram muito o Rubro-negro, e reservaram anos de suas vidas ao Furacão. Não se importando com o fato de que o Clube fosse pequeno aos olhos do mundo e que vivesse em constantes crises. Prova disso é que os que ainda vivem, ainda estão juntos do Furacão.

Mas, todo este rodeio é para chegar no momento atual. Hoje temos o melhor goleiro em atividade no Brasil. Diego é considerado assim por muitos críticos. E é verdade que merece muito respeito, pois já salvou o Furacão por inúmeras vezes. Suas virtudes são maiores que os seus defeitos, e ao que parece vem trabalhando duro para melhorar sua performance em campo. Porém, Diego ainda não é ídolo do Furacão (em minha opinião). Ainda desperta muitas dúvidas nos torcedores, e acima de tudo tem no marketing pessoal “exagerado” o seu maior defeito (também em minha modesta opinião).

Eu acredito que Diego poderá ser um grande ídolo do Furacão (desde que permaneça por mais alguns anos) pois é um goleiro novo, e muito bom tecnicamente, mas deve ter um pouco mais de humildade e não querer se fazer ídolo da noite para o dia. Certas declarações suas não soam verdadeiras, ainda que sejam. Talvez a melhor forma de demonstrar a sua raça, o seu amor e a sua vontade de vencer seja sendo um pouco mais simples, humilde e não tão “político” como é. A torcida saberá reconhecer no momento certo e a história se encarregará do resto. Penso que o goleiro Diego é o melhor do Brasil. Mas penso também que poderá ser muito melhor para o Atlético e para a Torcida Rubro-negra quando melhorar em alguns pontos fora de campo.

Eu sei que talvez minhas opiniões sejam incorretas, torço para que sejam, pois desejo que o Diego venha a se tornar um grande ídolo, não da moda, mas verdadeiro e inesquecível para a Torcida Rubro-negra e para o Clube Atlético Paranaense.

De qualquer forma é inegável o seu ótimo trabalho desenvolvido dentro de campo. E por este trabalho, parabéns Diego!

Saudações Rubro-negras!!!