Festa do título de 70 reuniu família atleticana
Vanderlei; Djalma Santos, Zico, Alfredo e Júlio; Reinaldo e Toninho; Liminha (Gildo), Sicupira, Nelsinho (Zezé) e Nilson Borges. Esse era o Atlético que no dia 13 de setembro de 1970 vencia o Seleto por 4 a 1, no estádio Orlando Mattos, em Paranaguá, e conquistava o título de Campeão Paranaense daquele ano. Poderia ser uma simples história de mais uma conquista atleticana. Mas não é. Depois de doze anos de angústia e sofrimento, o time driblou as dificuldades financeiras e na superação ficou com o caneco. E a história dessa conquista é o tema da exposição "1970, o Título da Raça", organizada pelos sites Furacao.com e RubroNegro.Net. A abertura oficial do evento aconteceu nessa terça-feira, no Grand Hotel Rayon. Vários personagens daquela conquista estiveram presentes, relembrando passagens emocionantes do título Rubro-negro. "Eles foram o divisor das águas e é por isso que a gente fala no título da raça", sintetizou o vereador Mário Celso Cunha, orador do evento.
Emoção
Um dos momentos mais marcantes de toda a solenidade foi a narração dos quatro gols do Rubro-negro na partida decisiva, contra o Seleto. Além da comemoração dos gols pelos presentes, os personagens da história se emocionaram. "Depois de 35 anos a gente se reencontra numa solenidade, lembramos de tudo o que aconteceu, é muito emocionante", afirmou Sicupira, artilheiro do Campeonato de 70.
E a emoção esteve presente durante toda a noite. Principalmente nos momentos de se relembrar fatos daquela conquista. Lateral-esquerda do time, Julio revelou um dos principais segredos do Atlético para superar a crise e conquistar a taça. "Foram anos de muito sofrimento para conquistar um título. Tivemos um treinador que fez do Atlético uma família, fazendo melhorar as coisas, apesar das dificuldades", relembrou.
Dessa grande-família, nasceu um sentimento de amizade, o que para o lateral-direita Djalma Santos foi fundamental. "O que valeu era a amizade, a união. Isso nos fez conseguir o título. Título esse que começou a construir o que o Atlético é hoje", disse o jogador considerado o maior lateral-direita do mundo.
Se a conquista teve uma boa dose de superação, a festa pelo título depois de um jejum de doze anos foi ainda mais marcante. "Tinha carro parado no acostamento, de Paranaguá a Curitiba. Inesquecível. A maior festa que já vi uma torcida fazer", lembrou o ex-zagueiro Alfredo.