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27 set 2005 - 14h34

Sem volta

Sinceramente, não creio que devamos agradecer Antônio Lopes na sua saída do comando do Atlético, e me parece que estão minimizando esse fato.

Em que pese a péssima campanha no brasileirão, já disse e reafirmo que não pensava ser ele o responsável. Cada um faz sopa com o que tem, e ele não tinha muito, apesar de que já não o tinha desde o primeiro momento e aceitou o encargo, lá pelos idos de maio passado. O que mudou desde então? Saíram Cocito, Balloy e Fernandinho. Esses três jogadores fizeram tanta diferença assim no Atlético de 2005?

Por isso não creio que a falta de contratações seja um diferencial para a saída de Lopes. Penso que ele, quando embarcou no trem atleticano, sabia que, nesse ano, a coisa estava mais para Maria-Fumaça do que para trem bala. Deveria saber que o astro Fernandinho já estava negociado. Portanto, a falta de jogadores de qualidade, ou melhor, o excesso de jogadores ruins, não deveria assustar o senhor Lopes, ainda mais sendo ele tão experiente como dizem.

A falta de perspectiva no campeonato e a possibilidade de rebaixamento deveria era mexer com os brios do técnico Lopes, deveria ser um fator motivador, não uma possível justificativa para sair. O navio está afundando, salve-se quem puder e o comandante é o primeiro a ir correndo para os botes salva-vidas. Maravilha de exemplo.

Na minha opinião, Lopes foi para o Corinthians por dinheiro. Não sei se ele levou em conta o desgaste físico-emocional que sua profissão acarreta, e avaliou que um bom dinheiro ajuda mais no futuro do que gratidão de torcedores. Acho que foi pura e simplesmente porque vai ganhar uma boa grana e, ambicioso, pode ser campeão brasileiro. Nada mal para o currículo de um técnico de futebol: vice da Libertadores e campeão brasileiro no mesmo ano de 2005. Papo de idade é piada.

Por isso questiono a atitude de Lopes. Achei falta de profissionalismo e não vejo o que temos a agradecer. “Obrigado, Lopes, por ter abandonado o navio nesse momento delicado…”. Vadões da vida, os Levires, aventureiros, pilotos de foguete, como disse o colega Victor Ferreira, não deveriam mais sequer ser cogitados para o futuro.

Os clubes quando demitem os técnicos têm, muitas vezes, de arcar com pesadas multas, mas os técnicos, esses sempre tentam negociar. O pior é que, em nome de um ridículo costume, que é o tal “deixar as portas abertas” os clubes raramente fazem por valer seus direitos. E o Atlético parece sempre prefirir o acerto à contenda (maximizar o lucro).

Proponho um novo costume: ética profissional.

Em tempo: tomar um gol olímpico daquela maneira é o fim da picada!



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