29 set 2005 - 16h43

Editor de site do Bahia faz análise de Evaristo

Sempre que o Atlético contrata um novo técnico, a Furacao.com entra em contato com editores de sites dedicados a clubes pelos quais o treinador já passou. Foi assim com Edinho e com Antonio Lopes. Agora, com a chegada de Evaristo de Macedo, consultamos editores responsáveis por sites do Vitória e do Bahia, clubes comandados por Evaristo recentemente. A opinião do torcedor do Vitória foi publicada na terça-feira (clique aqui para ler).

O representante do Bahia responsável pela avaliação do técnico Evaristo de Macedo é Nelson Barros Neto, diretor de jornalismo do ecbahia.com.br, principal site do Bahia e integrante da ClubesNET. Confira a opinião do torcedor do Bahia sobre Evaristo:

Análise de Evaristo de Macedo
por Nelson Barros Neto, do ecbahia.com.br

Evaristo é mais do que um simples treinador em Salvador: é um ídolo. Foi ele o comandante da mais importante glória do Bahia, o Campeonato Brasileiro de 1988, quando conseguiu levar um time então desacreditado ao título nacional. A partir daí, virou um mito na cidade e muitas pessoas passaram a chamá-lo de “Mestre” Evaristo. Nem mesmo seu conhecido jeito sisudo, de poucas palavras, até mesmo ranzinza, foi capaz de diminuir a admiração e carinho pelo técnico por aqui.

A primeira de suas seis passagens no Tricolor se iniciou em janeiro de 1973, numa partida contra o Vitória, na Fonte Nova. Dirigindo uma equipe que perdeu apenas um dos 30 jogos realizados, começou a escrever seu nome na história do clube conquistando o Baianão daquele ano, dando início ao até hoje inédito tetracampeonato estadual.

Já consagrado, após treinar três seleções (Catar, Iraque e Brasil), voltou em 88 e faturou primeiro o tricampeonato baiano, depois o famoso feito que surpreendeu o país. Retornou em 1995, para uma curta passagem, e novamente em 98, quando ajudou o Esquadrão de Aço a quebrar um jejum de três temporadas ao ganhar o Estadual em pleno Barradão – foi a única vez na história. Saiu no segundo semestre para reaparecer no início de 2000.

Naquela ocasião, Evaristo levou uma equipe considerada pelos críticos como limitada às finais da Copa João Havelange, sendo eliminada pelo futuro campeão Vasco. Em 2001, comandou o Bahia na campanha de seu 43º título doméstico e na conquista do disputado Campeonato do Nordeste, além de obter a classificação pelo segundo ano consecutivo às finais do Nacional, quando só fomos eliminados por conta do regulamento. O empate em 0x0 com o São Caetano, inclusive na prorrogação, dentro do Anacleto Campanella, não foi o bastante.

Em 2003, apesar do rebaixamento tricolor para a Série B, obteve o melhor aproveitamento em relação ao outros quatro técnicos que passaram pelo Fazendão (entre eles o péssimo Edinho Nazareth). Pediu demissão em agosto, ainda na primeira rodada do returno, após levar 6 a 0 do Flamengo no Maracanã.

Até hoje é sempre lembrado pela torcida quando a coisa começa a “ficar preta”. Na Fonte Nova, não é raro se encontrar torcedores pedindo pelo retorno do “Mestre”. No fim, o que fica aqui é uma grande saudade de um treinador capaz de transformar grupos limitados em times competitivos. A única dúvida é se ele continua nutrindo a mesma paixão pelo futebol, ou se o passar dos anos fez com que perdesse o prazer em treinar uma equipe.

No total, foram 303 jogos, 160 triunfos, 74 empates e 69 derrotas, acumulando quatro títulos estaduais, um regional e uma vaga na Libertadores da América em virtude do Brasileirão de 88. Por essas e outras é que quando completou 70 anos de idade, recebeu da diretoria duas placas no centro da Fonte – uma em comemoração à data e outra por três décadas de serviços prestados ao Esquadrão de Aço.

Abraços e saudações tricolores,
Nelson Barros Neto
Equipe ecbahia.com.br



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