Vergonha!

Escrevo para manifestar meu imenso desgosto e desaprovação pela forma como as demandas que ingressam nessa casa são conduzidas.

Antes de ser Atleticano, sou um paranaense amante do futebol e torcedor ferenho do FUTEBOL LIMPO.

Me enoja ver como a politicagem e o favorecimento à certos clubes é descaradamente explicito, sem nenhum pudor ou peso de consciência.

O julgamento do Presidente do “meu” clube, o Clube Atlético Paranaense, que já tinha sido absolvido por unanimidade, volta a ser julgado, com outros pesos, outras medidas e outras vontades.

O motivo pelo qual ele volta ao jugo do STJD, me parece ser realmente o peso da politica e do rancor de dirigentes canalhas e hipócritas do time adversário que maculou e se mostrou medroso e indigno de qualquer respeito, quando por meio também de politica, impediu que o CAP jogasse a final da Copa Libertadores de América 2005 em sua casa.

Atendo-se ao fato atual, retomaram a acusação com o intuito de prejudicar, somente prejudicar o clube do PR, e quem sabe, continuar mostrando força política para o que eles imaginam ser “pequenos”.

Puniram o dirigente, absolveram o atleta do SPFC que privou o Fabrício, atleta rubro-negro, de exercer sua profissão, alegrar toda uma torcida e quem sabe até toda uma nação, além de, obviamente, auxiliar a equipe do CAP a continuar jogando um bom futebol, o que na minha maneira de entender não pode ser entendido como prejudicial para o futebol brasileiro.

Triste: atleta (“bambi assassino” parece ser pouco, visto que o jogador do clube paranaense AINDA está fora de jogo)absolvido quando já teve o seu veredito assinalado como culpado, e dirigente (que teve seus problemas sim, como foi trazido a tona pelos julgadores do caso – por isso mesmo voltei para um assunto do passado, ainda que muito mais recente – mas que já foi punido com rigor na ocasião) que já tinha sido absolvido, é considerado culpado.

Infelizmente o STJD mostra que está em consonancia com um país apodrecido em sua política, e que passa por um momento gravíssimo também no futebol, considerando o escandalo da arbitragem desencadeado com a prisao do Sr. Edilson Pereira de Carvalho.

Esse seria o momento ideal para que o STJD mostrasse que o Brasil ainda tem jeito, que o futebol ainda tem jeito, mas, segue no mesmo caminho pútrido da corrupção e favorece quem tem mais poder.

Sigo torcendo para o “meu” Atlético Paranaense, não abrirei mão desse direito, mas com desilusão e muita mágoa dos que deveriam guiar os bastidores do futebol por caminhos de ética e respeito ao povo brasileiro.

Isso mostra porque não se acredita mais na justiça, porque cada vez mais teremos violência entre torcidas, árbitros agredidos, alguns times mais odiados que outros (como é o time de bambis do Morumbi) e porque, finalmente, a corrupção não acabará.

Com muita tristeza e sem perspectiva nenhuma de sucesso nesse meu apelo, finalizo esse desabafo.