Tiago Cardoso fala sobre disputa de posição titular

Tiago Cardoso foi prestigiado por Evaristo [foto: FURACAO.COM/arquivo]

Tiago Cardoso tem apenas 21 anos, mas não é um goleiro inexperiente. Com 16 anos, assumiu a camisa 1 do Ceará, um dos mais tradicionais times nordestinos. Destacou-se a ponto de chamar a atenção de Antonio Carletto Sobrinho, conhecido por ter um olho clínico para detectar talentos. Desde 2001 no Atlético (com algumas saídas por empréstimo), Tiago teve sua grande chance na meta do Furacão nesta temporada. No início do ano, disputou a estréia do Atlético na Libertadores da América e foi figura importante no empate contra o Independiente, na Colômbia.

Há quatro rodadas, voltou a ser escalado em função da contusão de Diego. Deu conta do recado e teve atuações destacadas e elogiadas pela imprensa e pelos torcedores. Na vitória sobre o Brasiliense, na Arena, ouviu seu nome ser gritado em coro pela torcida durante uma partida pela primeira vez. Depois, praticou ótimas defesas no Atletiba.

As boas atuações de Tiago fazem a torcida atleticana ficar tranqüila e segura, sabendo que o clube conta com excelentes profissionais para a posição. Quando Diego voltar, os dois disputarão a posição de titular. Em entrevista exclusiva à Furacao.com, Tiago garante que está preparado para qualquer que seja a decisão tomada pela comissão técnica. Assegura que terá tranqüilidade para continuar jogando e também serenidade para aceitar retomar a condição de suplente. Faltando um dia para o jogo contra o Atlético Mineiro, saiba como é a rotina do goleiro na véspera das partidas e como ele se concentra:

Como é sua rotina na concentração nos momentos antes dos jogos?
Eu procuro descansar bastante. Eu fico bastante tempo deitado, concentrado, pensando no jogo. Eu procuro evitar qualquer pensamento que não seja no jogo para chegar na partida bem concentrado.

Atualmente você divide o quarto com o Andrey, que é o reserva. Durante muito tempo, foi você quem viveu essa experiência, de ser o reserva e concentrar com o titular. Como é lidar com a convivência com alguém que disputa a mesma vaga?
Um sempre procura ajudar o outro. A gente fala sempre sobre jogos, defesas, atuações de goleiros. Acho que um tenta passar tranqüilidade para o outro. Quando eu me concentrei com o Diego eu me dei muito bem, com o Vinicius a mesma coisa e agora com o Andrey. Nós nos damos muito bem nas concentrações.

No jogo contra o Brasiliense, a torcida do Atlético gritou seu nome em coro. Foi a primeira vez que isso aconteceu durante o jogo, após uma boa defesa. O que você sentiu na hora?
É uma emoção diferente. É um reconhecimento pelo seu trabalho e isso é muito importante. Eu procurei ajudar a equipe e acho que o torcedor reconhece isso, percebe que você está se esforçando para ajudar a equipe.

O Diego passará pelo menos mais uma semana em recuperação. Talvez ainda seja cedo para falar no assunto, mas você já está preparado para uma eventual disputa de posição quando ele retornar?
Qualquer que for a opção do professor, eu vou acatar da melhor maneira possível. Se ele optar por mim, eu estou preparado. Estou trabalhando muito e vou ficar bem tranqüilo para assumir a posição de titular. Mas caso tenha de voltar para o banco, eu também vou ficar tranqüilo e vou continuar trabalhando para disputar sempre essa posição de titular.