Cocito pode ser dispensado pelo Tenerife
O volante Cocito pode ser liberado pelo Tenerife caso não consiga obter os documentos que comprovem a sua cidadania italiana. Cocito foi titular do Atlético em vários jogos da ótima campanha da Copa Libertadores da América e era considerado um dos líderes do elenco rubro-negro. Após o término da competição, o clube aceitou negociá-lo com o Tenerife, da Espanha. O dirigente Mario Celso Petraglia revelou que a liberação do jogador se deu como uma forma de agradecimento a Cocito por todos os serviços prestados ao clube.
Cocito seguiu em agosto para as Ilhas Canárias e se apresentou ao novo clube. Porém, problemas com documentação impediram sua estréia com a camisa do Tenerife. Até agora ele não disputou sequer uma partida pela equipe. Neste período, ele já viajou duas vezes para a Itália a fim de resolver a situação e poder ser inscrito como um jogador comunitário (ou seja, sem ocupar uma vaga de estrangeiro). Atualmente, ele está em Vicenza, onde tenta solucionar o problema.
Segundo o diário Marca, de Madrid, a diretoria do Tenerife está perdendo a paciência com a lentidão para que a situação se resolva. Cocito não está recebendo os salários e também não recebeu o valor prometido por sua transferência. O Tenerife arcou somente com suas viagens para a Itália e com sua hospedagem na Europa. Há uma cláusula no contrato entre Cocito e Tenerife que permite ao clube rompê-lo unilateralmente caso o atleta não consiga o passaporte italiano.
A reportagem do Marca revela que, em condições normais, o Tenerife já teria liberado o atleta há muito tempo. Porém, Cocito foi a principal contratação do clube para a temporada e ele é considerado o substituto ideal para Vitolo, um grande ídolo da torcida negociado no meio do ano. Por ser considerado essencial, Cocito recebeu apoio e confiança dos dirigentes. Porém, o Tenerife estabeleceu um prazo para que a situação seja resolvida: meados de novembro. Caso o atleta não obtenha o passaporte italiano nos próximos dias, o contrato será rescindido. "A coisa está complicada. Estamos desesperados, pois ainda falta a documentação", afirmou José Vicente Magdaleno, dirigente do Tenerife.