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10 nov 2005 - 6h16

Tragédia anunciada

Gostaria de falar sobre o óbvio, tragédia anunciada e colheita pré-determinada. Pasmo, estupefato, li no excelente jornal TRIBUNA DO PARANÁ, que o Glorioso, o Espetacular, o Monumental, o Fita-azul, o Primeiro Campeão Brasileiro, através do seu Departamento de Marketing, prepara uma promoção digna do tamanho do Coritiba: Ingressos a R$ 5,00 para assistir dois jogos, um contra o Corinthians – time líder e o mais recheado de craques do Brasileirão – e o outro, contra a Ponte Preta. Quer dizer, dois excelentes jogos por R$ 5,00. Melhor ainda, R$ 2,50 para cada jogo. Então, cada jogo sairá por somente R$ 6,30, sendo R$ 3,80 pelo ônibus e mais R$ 2,50 pelo ingresso. Isso sim é brilhantismo! Quem bolou essa promoção deve ser um gênio!

Obviedade e tragédia anunciada se fundearam em uma só. Sobre colheita pré-determinada diria que os “ervilháceos” estão colhendo os frutos da obviedade de comportamentos tacanhos e medíocres. Isso é só o começo, porque o difícil mesmo, será retornar à primeira divisão. Nem tudo está perdido, ainda. Por muita sorte, o Corintians virá sem o Tevez, mas se o Nilmar e o Carlos Alberto jogarem 10% do que eles têm jogado nos últimos jogos, o Coxinha vai sair de campo com um saco de gols nas costas.

Que o ocorrido com os “verdinhos” sirva de lição para os dirigentes rubro-negros. Futebol é coisa séria, é coisa de gente grande, coisa para “cabeças grandes”. Não há lugar para tacanhices e amadorismo. Administrar futebol não é como “comer mamão doce” ou vender – a preço de banana -, bancos e marcas altamente rentáveis.

Agora, convenhamos, coloquemo-nos na situação deles: Digamos, digamos (hipótese absurda), que o Furacão estivesse com a “corda no pescoço”, no “bico do corvo”, na “bacia das almas”, como eles estão nesse momento, e se os jogos contra o Corintians e a Ponta Preta, fossem decisivos, e dependêssemos deles para continuar a respirar os ares da primeira divisão, diria que a nossa diretoria – agindo acertadamente -, colocaria os ingressos à venda pelo mesmo preço praticado até então, e mesmo assim, a Kyocera Arena estaria lotada, todos nós faríamos esforços sobrenaturais, não mediríamos sacrifício para estarmos na Arena, gritando, incentivando, lutando com todas as forças para tirar o Atlético daquela situação terrível.

Essa é a diferença. Os coxinhas (torcedores ervilháceos) vivem “do” coxa, são gigolôs do coxa, exploram o coxa, ao passo que nós, os atleticanos, vivemos “para” o Atlético, não somos gigolôs do nosso time, somos sim, construtores de uma vida melhor para o nosso time. Eis a questão, e isso é fundamental, isso é o que determina a diferença entre o céu e o inferno.

Mesmo que os “ervilhinhas” construam um estádio mais magnífico que a nossa Arena, mesmo que façam um CT dez vezes melhor que o nosso CT do Caju, ainda assim, eles nunca serão como nós, nunca serão como o Atlético, porque lhes faltará isso que nos sobra: “Amor apaixonado, amor desinteressado, amor por amor”!

Finalizando, saboreando o espetacular momento, diria: Ah! A vida é tão bela!



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