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14 nov 2005 - 8h47

Coxa na segunda divisão: com uma pequena ajuda do Furacão

“Ninguém trai o seu ódio, e repito: o homem é mais fiel ao seu ódio do que ao seu amor”. (Nelson Rodrigues)

Amigos, o homem é mais fiel ao seu ódio do que ao seu amor, e como nós, atleticanos, odiamos o coxa, dono de uma empáfia absurda e sempre protegido pela crônica esportiva curitibana (coritibana).

Pois bem, chegou a hora da verdade para o time verde (sentiram o trocadilho, pois é…): eles vão cair para a segundona, por méritos próprios é verdade, mas vão cair e ponto final. E o que o Atlético tem a ver com isso? Tudo. E passo a apresentar os porquês.

Pela tabela do campeonato brasileiro 2005 ainda vamos receber na Arena o time do Paysandu, concorrente direto dos verdes a uma vaga nas profundezas do inferno futebolístico nacional. Ora vejam os senhores. Está nas mãos do Atlético uma chance de ouro de entregar a rapadura ao faminto (ou entregar o pato no tucupi, mais palatável aos apetites paraenses).

Alguém irá dizer: infâmia, absurdo, falta de caráter! – e a todos que assim me censurarem eu responderei fazendo uma breve retrospectiva do mau-caratismo verde e branco que se faz notar ao longo da história. Vamos aos fatos.

Dezembro de 1991, campeonato paranaense. O Atlético lutava pelo bicampeonato numa disputa das mais acirradas com o time das Vilas (aquele fruto de gosto duvidoso forjado na fusão de uma dezena de sementes). Os times chegaram à última rodada do certame com chances de ser campeão. O Atlético pegaria o Londrina no Pinheirão, precisando vencer, e o time das Vilas enfrentaria os verdes no Couto Pereira. Nessa rodada era preciso que o Atlético vencesse o Londrina e os verdes ganhassem do Paraná Clube. E tudo estava dando certo. O Atlético passava fácil pelo Londrina e o verde ia batendo o tricolor por um a zero. Persistissem esses resultados e teríamos partida extra para que fosse conhecido o campeão. Ocorre que, quase no final do jogo, o tricolor fez o gol de empate que lhe deu o título. Detalhe: a defesa coxa não ofereceu a menor resistência. Conclusão: eles entregaram o jogo para nos prejudicar. Após a partida, o presidente deles, joão jacob mehl (e grafo com minúsculas não por desconhecer as regras do bom Português, mas por não considerá-lo pertencente ao gênero humano merecedor de substantivo próprio) jactava-se com o fato de nos ter tirado o bicampeonato e a crônica esportiva, em momento algum, censurou-o por isso (cronistas sempre coniventes).

Últimas rodadas de 2004, campeonato brasileiro. O Atlético lutava pelo bicampeonato nacional numa disputa acirrada com o Santos de Robinho & Cia nada limitada. Coritiba e Santos no Couto Pereira, um a zero para o Santos sem qualquer resistência coxa. Conclusão: eles entregaram o jogo para nos prejudicar. Após a partida, o presidente deles giovani gionédis – e grafo com minúsculas não por desconhecer as regras do bom Português, mas por não considerá-lo pertencente ao gênero humano merecedor de substantivo próprio – jactava-se com o fato de nos ter afastado do bicampeonato nacional e a crônica esportiva, em momento algum, censurou-o por isso (cronistas cronicamente coniventes).

Julho de 2005, Final da Copa Libertadores da América. Atlético Paranaense e São Paulo fariam uma final história, pois nunca dois times do mesmo país haviam decidido o maior campeonato do futebol americano. Por medo, a diretoria do São Paulo opõe restrição à Arena da Baixada em face de a mesma não atender ao regulamento absurdo da Confederação Sul-Americana que determinava que a praça esportiva, para receber uma final, deveria contar com o mínimo de 40.000 lugares. Fortemente agarrado ao regulamento, o São Paulo bateu o pé (coisa de bambi, de viado mesmo) e não admitiu jogar na Arena. Ao tomar conhecimento do fato, a diretoria coxa – antes mesmo de qualquer pedido Rubro-Negro – afirmou que não cederia o estádio. A diretoria coxa, por inveja ou movida por qualquer outro sentimento subalterno tão comum àquela agremiação, impediu que o Estado do Paraná visse um representante seu decidir o maior campeonato das Américas em solo paranaense. Conclusão: eles deram ao São Paulo a possibilidade de jogar em um campo neutro, só para nos prejudicar. Após a confirmação da partida para Porto Alegre-RS, o presidente deles giovani gionédis – e grafo com minúsculas não por desconhecer as regras do bom Português, mas por considerá-lo um verme – orgulhava-se com o fato de nos ter afastado de Curitiba e a crônica esportiva, em momento algum, censurou-o por isso (cronistas cronicamente covardes).

Pois bem: quis o destino que o time do Paysandu, concorrente direto dos verdes na luta para escapar do rebaixamento, viesse nos visitar em Curitiba, dentro da nossa Monumental Arena da Baixada. Pois bem: entreguemos o jogo! Quem há de nos condenar?

Entreguemos o jogo em retribuição história a tantos males que nos foram impostos pelas diretorias do Coritiba nesses anos todos. Entreguemos o jogo em retaliação a todos os presidentes verdes que nos fizeram mal, a todos os jogadores verdes que afrouxaram marcações, fugiram das divididas, erraram gols inacreditáveis só para nos prejudicar.

Entreguemos o jogo, pois ninguém trai o seu ódio, e repito: o homem é mais fiel ao seu ódio do que ao seu amor, como já nos disse Nelson Rodrigues. E é sempre bom lembrar o quanto nós, atleticanos, odiamos o coxa, dono de uma trajetória esportiva das mais sujas, useiro e vezeiro da prática do entreguismo e da sabotagem e sempre protegido pela crônica esportiva curitibana (coritibana).

Ajudemos a mandá-los à segunda divisão e o tempo e a Justiça Divina se encarregarão do resto.



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