Kyocera estuda a construção de fábrica no Brasil
A Kyocera Mita, fabricante de celulares, impressoras e copiadoras, quer crescer no Brasil. Para isso, mudou a administração das operações brasileiras de Miami para São Paulo e estuda fabricar alguns de seus produtos aqui. "O Brasil é o maior mercado para a empresa na América Latina", diz Tsutomu Toyofuku, vice-presidente da Divisão da América Latina da Kyocera. A América Latina representa 10% das vendas da Kyocera na região das Américas. Somente no Brasil e no México a empresa tem escritórios locais. Os outros países latino-americanos continuam a ser atendidos via Miami. Toyofuku explicou que deve passar cada vez mais tempo no Brasil.
A participação da Kyocera no mercado brasileiro ainda é pequena. "Mas esperamos crescimento grande de dois dígitos nos próximos três ou quatro anos", disse Anthony Pater, presidente da Kyocera Mita America. A empresa tem uma rede de 20 distribuidores no Brasil. "Estamos começando", explicou Toyofuku. "Alguns Estados ainda não estão cobertos."
A instalação de uma fábrica no País depende do crescimento da participação de mercado. "Se fecharmos grandes contratos com o governo, por exemplo, a fabricação local seria mais viável", explicou Pater. Hoje, algumas impressoras coloridas são produzidas no Japão, mas a maioria dos produtos é importada da China.
Marketing
A Kyocera está investindo US$ 2 milhões em marketing para esta nova fase no Brasil, o que inclui o patrocínio ao Atlético Paranaense. Desde março, o estádio do Atlético, em Curitiba, passou a se chamar Kyocera Arena. O contrato com o clube tem duração de três anos.
O Grupo Kyocera foi criado em 1959 como fabricante de cerâmicas. Hoje, possui operações em setores como energia solar, equipamentos de telecomunicações, semicondutores e outros componentes eletrônicos, além das impressoras e das copiadoras. No ano fiscal encerrado em 31 de março de 2005, a Kyocera teve receita líquida de US$ 10 bilhões. O setor de impressoras e copiadoras respondeu por US$ 2,2 bilhões em vendas. A Kyocera planeja investir US$ 935 milhões, em todo o mundo, durante o ano fiscal de 2006.