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Ontem foi dia de “lavar roupa suja” no Paysandu. Antes de iniciar o coletivo da tarde, o técnico Carlos Alberto Torres chamou os atacantes Róbson e Rafael Moura e os meias Gian e Rodrigo para uma conversa no centro do gramado. O assunto era a velada troca de farpas entre a dupla de ataque, que começou a tomar corpo com declarações dos dois jogadores à imprensa no treino da manhã. “Ouvi falar desse zumzumzum. Eu não posso aceitar isso entre nós. Não pode haver desentendimento neste momento”, comentou Torres.

O “zumzumzum” do qual o técnico se refere começou após a derrota para o Paraná, em Curitiba, quando Róbson afirmou que preferiria jogar com um companheiro de ataque de mais velocidade e não com Rafael Moura, que tem a mesma caracterísrtica dele: presença de área. Com isso, disse Robgol, os dois estavam se “atrapalhando” no momento das finalizações. Moura, por sua vez, não concordou com a posição do atacante e comentou estar chateado por não auxiliá-lo, mas que teria que se defender.

“Dei minha opinião na conversa. Temos que lavar a roupa suja no grupo”, comentou Moura sobre a atitude de Róbson ao reclamar da atuação do companheiro com a imprensa. “O grupo torce e vai ajudar ao Róbson a ser artilheiro da competição”, contemporizou ele após o coletivo. Segundo Robgol, as arestas foram aparadas na conversa com Torres: “A conversa foi tranqüila no sentido de o time jogar melhor e todos se ajudarem dentro de campo e me ajudar a alcançar a artilharia”.

O treinador ainda não confirmou a equipe titular para o confronto com o Atlético, mas a equipe deve ser a mesma que perdeu para o Vasco, domingo. No coletivo, a equipe titular formou com Ronaldo; Jamur, Marquinho, Felipe Saad e Cléber; Vanderson, Marabá, Rodrigo e Gian; Róbson e Rafael Moura.

Reportagem: O Liberal, de Belém (adaptada)