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7 dez 2005 - 12h33

Coritiba da Gama: o time alemão mais português do planeta

Amigos, pode parecer perseguição da minha parte, mas garanto que não é. Os coxas vivem me recriminando pelo fato de eu falar mal do Coritiba, porém eu me defendo dizendo: o dia em que o Coritiba fizer algo de bom, eu paro de falar mal. No entanto esse dia não vai chegar nunca e, por isso mesmo, eu sento o pau nos verdes e me divirto muito fazendo isso.

Mas, amigos, dêem-me razão: essa eleição do Coritiba foi coisa de português (que me perdoe o meu bisavô português, Alberto Rodrigues Xavier; mas foi coisa de lusitano). Vejam só, analisem comigo, prezados amigos.

O time foi rebaixado no domingo. Na ocasião, o presidente era o tal Giovani Gionédis. Pois bem. No domingo, era um tal de coxa-branca chorando, arrancando os cabelos, querendo morrer, virar purpurina, enfim, toda essa gritaria que nós acompanhamos pela mídia (aliás, eu gravei tudo em VHS e dentro em breve passarei para DVD).

Já na segunda (segunda-feira, esteja claro), quis o destino que houvesse eleições para presidente lá pelas bandas do Pinga-Mijo, certo? Certo! E eis que surgiu um candidato de oposição chamado Tico Fontoura (Tico? Pelamordedeus…) e um candidato a vice-presidente chamado Ricardo Gomide (é um bonequinho que já foi de tudo: deputado, cara-pintada, presidente da Paraná Esportes, comunista de freqüentar Mc Donald´s e agora resolveu brincar de homem-da-bola, tá certo, sei…).

Pois eu ia dizendo que o tal Gionédis, presidente rebaixado do Coritiba, ia enfrentar um bate-chapa com o Tico Fontoura e com o vice à moda Che Guevara de Palm Beach, esse era o quadro sucessório no clube verde, recém rebaixado para a série B.

O que era normal se esperar? Ora, senhores, o normal era que o Gionédis perdesse e perdesse de muito (era de se esperar que ele tivesse apenas um voto – o próprio – sendo que os votos restantes seriam destinados ao tal Tico e ao seu amigo vermelhinho de butique). Essa era a lógica, certo? Errado! O Gionédis ganhou a eleição, recebeu mais um mandato e agora vai dirigir o Coritiba por mais um período de não sei quantos anos.

Ou seja, o tal Coritiba, time de origem alemã, fez coisa de português. Porque parece piada de lusitano! Imaginem só: o cara rebaixa o time, daí tem uma eleição com bate-chapa, os conselheiros se reúnem, votam, e no final mantêm o presidente rebaixado! Isso é coisa de português! Só pode ser, ora pois! Uma coisa bestial!

Doravante, sugiro que o Coritiba Football Club mude de nome para Coritiba da Gama Futebol e Fiascos. Ou, aproveitando a maré de trapalhadas e a disputa da série B, troque de nome para Coritiba Náutico de Futebol e Naufrágios (o fato de a cidade de Curitiba não ter mar nem há de ser impeditivo), afinal, para quem reelege um presidente rebaixado, tudo que vier é lucro, tudo é possível (e Náutico soa bem com a série B).

E diante dessa nova realidade, deixo aqui algumas anedotas que poderiam muito bem ter sido protagonizadas pelos atrapalhados dirigentes do Coritiba da Gama (ou Coritiba Náutico, se preferirem). Vamos à primeira piada (enquanto eles vão para a segunda, como já sabemos)!

O Gionédis entra para a Aeronáutica, na divisão de pára-quedismo. Recebe a primeira aula prática:
– Estamos a dois mil metros de altura. Seu equipamento foi todo checado. O senhor saltará por aquela porta. Ao puxar a primeira cordinha, o pára-quedas se abrirá. Se isso não acontecer, o que é pouco provável, puxe a segunda (cordinha, não segunda divisão). Se ainda assim o pára-quedas não se abrir, o que é improbabilíssimo, puxe a terceira (cordinha) e ele se abrirá. Lá embaixo, haverá um jipe a sua espera, para levá-lo de volta ao quartel.
O Gionédis salta. Puxa a primeira cordinha e o pára-quedas não se abre, puxa a segunda, nada. Puxa a terceira e nem assim o equipamento funciona. Ele começa a ficar preocupado e exclama:
– Ai, Jesus! Agora só falta o jipe não estar lá embaixo!

Não gostaram muito da primeira piada? Mando a segunda (é até maldade falar de segunda e de Coritiba num mesmo texto, mas vamos lá).

O amigo chega e convida o Tico Fontoura:
– Ó, Tico, estou a lhe convidaire para a festa de quinze anos de minha filha.
– Ai, mas que beleza, ó Jacob Mehl, fique tranqüilo que eu irei. Mas ficarei no máximo uns dois anos, pois quinze anos eu não posso ficaire.

O quê? Não gostaram dessa também? Tudo bem, eu mando a terceira, se bem que com um ano de antecedência, pois terceira e Coritiba só em 2007. Vamos lá, de novo.

Tinha um primo do Gionédis que há muitos anos sofria de um mal singular: era só tomar um gole de café e já sentia uma forte pontada no olho esquerdo. Não havia remédio que o curasse. E olha que ele adorava café.
Até que um dia, um médico, amigo da família, o aconselhou:
– Ó, Evangelino, por que não experimentas tirar a colherinha de dentro da xícara antes de tomar o café?

Ah, não! Ainda não deram risada? Pois eu vou apelar!

Segunda-feira, dia 5 de dezembro de 2005, um dia após o rebaixamento, estavam dois amigos coxas-brancas conversando no balcão de um café ali na Boca Maldita. Lá pelas tantas, um virou para o outro e se lamentou:
– Ai que loucura, como eu estou sofrendo! Não esperava esse rebaixamento do verdão, mulher!
O outro, visivelmente emocionado, enxugou a maquiagem com a ponta do lenço, limpou um restinho de café do canto da boca (com o mesmo lenço, coisa de gente porca) e respondeu, incisivamente:
– Pára, sua boba! Parece que não conhece o verdão! A gente caiu pra 2006, mas em 2007 nós estamos de volta à primeira divisão!

Essa foi boa, né? Coritiba na primeira divisão em 2007? Pode? Só rindo mesmo! Só rindo…



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