Vingança é bobagem. Na nossa vida, com o passar dos dias, a conjuntura das coisas e cotidiano se encarregam de reestabelecer a verdade de tudo, mesmo aqui nessa balbúrdia babilônica tropical. Mais cedo ou mais tarde somos punidos, glorificados, mal falados ou enaltecidos de acordo com nossas ações, de acordo com nosso livre arbítrio, ou melhor, aprendemos que pouco importa todas estas coisas se estamos em paz interior, se estamos felizes, vivendo bem e cercados de amigos de verdade.

Mas no futebol há algo de prazeroso neste sentimento maldoso e nós atleticanos chegamos ao fim deste ano com a “alma lavada”. Vejamos:

1) Nosso Furacão perdeu o título certo de 2004 no jogo contra o Vasco (Ok, deixou de ganhar antes do Paraná, Juventude, Grêmio, etc… mas alí, no reduto do Eurico, caímos do cavalo e da tabela faltando somente 1 rodada… alí foi o fim da linha). Meses depois aplicamos no Eurico Team a maior goleada da história vascaína, 7 x 2. Hehe.

2) E em 2004 fomos superados por quem? Pelo “Santos de Robinho”, como assim ficou registrado. Cá entre nós, o título ficaria mais bonito para o “Atlético de Washington” – artilheiro recordista histórico … ou para o “Atlético de Dagoberto” – apenas pra citar os foras de série… (que saudades daquele time).

Pois então, meses mais tarde, eliminamos da Libertadores o time do Sr. Milton Neves numa atuação épica e mesmo com um jogador a menos quase o jogo todo. Aliás, sensacional aquele jogo. Tem coisa melhor que, dias depois, ouvir Robinho dizer na Globo após um jogo do Brasil que gostaria de voltar para a jogar a final da Libertadores mas… “não deu né, fazer o quê?”… hehehe…

3) Perdemos a libertadores para os “bambys” numa manobra orquestrada sei-lá-por-quem-sei-lá-de-onde e o jogo foi tirado do estádio mais moderno da América Latina.

E os coxinhas estufaram o peito e negaram o estádio remendão antes mesmo de qualquer pedido. E gastaram mais em foguetes do que em achocolatados durante o ano todo.

Pois então, estes nossos dissabores continentais foram… por assim dizer… “compensados”. Primeiro contra o próprio São Paulo jogamos 1 mês depois o chamado “jogo da vingança”. Na nossa casa de verdade (se bem que ficou bonito o Beira Rio) e metemos QUATRO. A capa da tribuna estampou: “Era disso que eles tinham medo!”. Este último jogo nada valeu pois já estávamos em ritmo de férias…

Segundo, contra os coxinhas (Esses coitados merecem um capítulo a parte): Nos últimos anos se preocuparam muito mas em torcer contra o maior clube do Estado do que a favor deles próprios. E quando perceberam já era tarde. A cada vice nosso um foguetório… quem ri por último ri melhor… Até com time reserva ganhamos deles! E ganhamos também na casa deles… 3 pontinhos que fizeram 5 milhões de diferenças… Sem contar o título do Paranaense com Lima!

Isso que ano nem acabou pois esse Lima e Marcão podem aprontar alguma no Oriente.

Até a Fanáticos vingou Petráglia e foi chamada as pressas para empurrar um time com Fabrício na armação até a final da libertadores!

Enfim, agora pare e pense comigo: Repare nos times envolvidos, personagens, nas partidas sensacionais e históricas. Podemos ter sido vice no brasileiro e libertadores, mas muito hora nessa calma! Não se pode ganhar todas… não se pode ganhar tudo. Repito as palavras do Sicupira após a eliminação em 96: “Não chegou esse ano mas o caminho é esse… Uma hora ou outra vai chegar.. Podem ter certeza!”. E estamos na primeira divisão…hehehe.