4 jan 2006 - 0h02

O moldador de talentos

Leandro Carlos Niehues é o treinador do time de Juniores do Atlético desde 2004. Vindo do PSTC, ele teve a missão de substituir Lio Evaristo no time campeão da Dallas Cup de 2004. Substituiu-o mantendo a tradição rubro-negra de revelações e conquistas na categoria. Pelo clube, Leandro foi bicampeão paranaense de Juniores (2004 e 2005) e levou o time ao bicampeonato da Dallas Cup, conquistando o título também em 2005.

Depois de conquistar o bicampeonato estadual na categoria, vencendo o Paraná Clube, o Atlético perdeu importantes jogadores, como o atacante Schumacher, o meia Sammir e os volantes Douglas e Marcus Winicius. Em compensação, o time conta com a volta do atacante Pedro Oldoni, artilheiro do Estadual que estava emprestado ao Cianorte, e contratou o volante Adeilton.

Apesar das mudanças, o técnico Leandro Niehues acredita que o grupo tem totais condições de fazer uma boa campanha na Copa São Paulo. Na reta final dos preparativos do Furacão para embarcar para a cidade de Americana, no interior de São Paulo, para a disputa da Copinha, a Furacao.com conversou com o comandante do time sobre os objetivos do Rubro-negro na competição. Na entrevista, Leandro afirmou que para o Atlético a Copa São Paulo é encarada como uma vitrine para os atletas serem vistos e ganhar experiência para serem aproveitados dentro do próprio Atlético. Confira os principais pontos abordados pelo técnico Leandro Niehues, em entrevista exclusiva à Furacao.com:

Do time que foi bicampeão paranaense, você perdeu importantes peças. Como você avalia o time que vai para a Copa São Paulo?
É um grupo bom, um grupo forte. Quem trabalha com categoria de formação é natural essa mudança de equipes, ano a ano elas se renovam e desta vez por motivos bons, atletas indo para uma situação melhor. Mas estou tranqüilo, o grupo que ficou é forte, é um grupo homogêneo e tem totais condições de fazer uma boa campanha.

Qual o objetivo do Atlético na competição, dá para brigar pelo título?
Numa competição de alto nível e até mesmo com características diferentes como é a Taça São Paulo, uma competição de tiro curto, você fazer um prognóstico é muito difícil. A gente costuma falar que no decorrer da competição vai sentindo as suas condições. Você inicia a competição com o objetivo de passar pela primeira fase e na seqüência você vai criando força, vai criando corpo, a equipe vai se encaixando, as coisas vão acontecendo e aí você faz uma avaliação mais fidedigna se tem condições realmente de brigar pelo título.

Muita gente fala que a Copa São Paulo é uma vitrine. O que o Atlético tem a mostrar na competição?
Ela é uma vitrine, mas eu vejo mais uma vitrine para equipes de menor expressão, equipes formadas essencialmente para disputar a Taça São Paulo, quando se juntam jogadores, atletas de diversas equipes para se mostrar jogadores, para futuras negociações, para ir para equipes maiores do futebol brasileiro. Para o Atlético é uma vitrine? Sim. Mas é um pouco diferente porque o nosso objetivo não é mostrar os jogadores para outras equipes, para empresários. É uma vitrine para os nossos atletas serem vistos, serem mostrados, ganhar experiência para serem aproveitados dentro do Atlético Paranaense. O que a gente vai mostrar é o que caracteriza a equipe do Atlético, uma equipe forte, determinada, que veste a camisa do Atlético como diz o hino, com amor, com determinação, isso nunca vai faltar nas equipes que a gente trabalha.

Dá para apontar algum destaque do time?
Eu sempre falo que como treinador, como comandante do grupo, eu nunca cito nomes de destaques. Quem tem que destacar é a imprensa, é a torcida. O meu papel é orientar todos de maneira igual. É lógico que sempre existe jogadores que naturalmente se destacam, então fica a critério de vocês ver quem são os jogadores que no momento estão se destacando mais. Isso é um fator importante, em categoria de formação existe também as oscilações, em algum campeonato um se destaca mais, outros campeonatos outras posições. Eu posso dizer que é um grupo homogêneo, todos os jogadores têm condições, até porque não poderia ser diferente, se está vestindo a camisa do Atlético na categoria de Juniores é porque tem condições. Se fosse de outra forma alguma coisa estaria errada, porque são jogadores já semi-profissionais, a um passo de se profissionalizar, então eles têm que ter uma qualidade muito grande.

E com relação aos adversários da primeira fase, vocês já estudaram os times, que avaliação você faz de cada um deles?
Na verdade a gente procura tirar algumas informações, a palavra estudar é um pouco forte porque você não tem tantas informações, são centros diferentes, duas equipes de São Paulo e uma do Rio Grande do Sul. Pelas informações que a gente tirou as duas equipes de São Paulo se equivalem no sentido de serem equipes mais experientes, montadas com jogadores de 20 anos. E a equipe do Juventude a gente não conhece nada deste ano, a única referência que a gente tem foi da Copa Belo Horizonte do ano passado, a gente se enfrentou e teve um bom resultado com eles. Mas como eu disse anteriormente, até mesmo as informações são válidas mas o que vale muito é o momento, é o encaixe da competição. Então a gente vai pensar um jogo de cada vez, estamos pensando agora só no Juventude e a partir do Juventude aí facilita um pouco porque vamos poder ver as outras duas equipes e aí vamos fazendo jogo após jogo essa avaliação.



Últimas Notícias

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…

Opinião

O tempo é o senhor da razão

A famosa frase dita e repetida inúmeras vezes pelo mandatário mor do Athletico, como que numa profecia, se torna realidade. Nada como o tempo para…

Brasileiro

Roteiro repetido

Sem nenhuma inspiração e fazendo um sacrifício danado para tentar segurar um empate sem gols contra o Fluminense num Maracanã com mais de 36 mil…

Notícias

Quanto custam R$67,6 milhões?

Uma das questões mais importante do mercado financeiro é “Quanto esse capital vai me custar?“. A pergunta esta predicada na premissa que todo dinheiro que…