11 jan 2006 - 16h07

Novo técnico tem o perfil indicado pela diretoria

Nos últimos anos, os dirigentes atleticanos têm insistido que acima dos nomes está o perfil do técnico do clube. Assim, a cada contratação de treinador, eles evitam comentar os possíveis candidatos e preferem falar sobre as características que o Atlético busca em um treinador.

As características prezadas pela diretoria são as seguintes: a) adequação à folha salarial do Atlético, inferior à dos clubes do eixo Rio-São Paulo; b) juventude; c) ambição profissional; d) alguma experiência que o credencie para assumir um clube como o Furacão; e) integrar-se com a comissão técnica já montada pelo clube; f) disposição para trabalhar de acordo com a metodologia científica implantada no CT do Caju.

Em uma das recentes mudanças de técnico do clube, o presidente João Augusto Fleury da Rocha confirmou o projeto da direção: "Temos que contratar um profissional jovem, ambicioso, mas com experiência. Um treinador que tenha um projeto profissional compatível com o nosso". O alemão Lothar Matthäus se encaixa nessas características. O único empecilho seria o salário do treinador, a princípio incompatível com o futebol sul-americano. Porém, ele aceitou receber o valor proposto pelo Furacão em troca da oportunidade de trabalhar no clube. Além disso, especula-se que parte do custo dos salários será suportada com a celebração de coontratos de patrocínio.

Profissionais

Desde a nova fase da gestão de Mario Celso Petraglia, iniciada em abril de 2002, o Atlético realizou a contratação de treze técnicos: Riva, Valdir Espinosa, Gilson Nunes, Abel Braga, Heriberto da Cunha, Oswaldo Alvarez, Mário Sérgio, Levir Culpi, Casemiro Mior, Edinho Nazareth, Antonio Lopes, Evaristo de Macedo e Lothar Matthäus. Alguns deles tiveram passagens muito boas pelo clube, mesmo fugindo do perfil traçado pela direção.

Valdir Espinosa, Gilson Nunes, Antonio Lopes e Evaristo de Macedo são técnicos muito experientes e estão longe da juventude preconizada pelo Conselho Gestor do clube. Mesmo assim, Lopes e Evaristo tiveram boas passagens pelo Rubro-Negro. O atual preparador físico Riva foi efetivado como técnico em 2002, em uma aposta que acabou não dando certo. Heriberto da Cunha, Casemiro Mior e Edinho Nazareth desde logo pareciam ainda não estar preparados para trabalhar sob a metodologia científica implementada pelo Furacão.

O clube também contratou Abel Braga, Mário Sérgio, Vadão e Levir Culpi, todos com menos de na faixa dos 50 anos e com certa experiência no futebol brasileiro, correspondendo com maior ou menor intensidade ao perfil traçado pela diretoria.

É preciso destacar, no entanto, que muitas dessas contratações foram feitas no meio da temporada e muitas vezes o clube necessitava de treinadores com alguma característica específica em função da fase do time.

Planejamento

A atual diretoria teve tempo para planejar no início das últimas temporadas. Em 2003, a aposta foi em Heriberto da Cunha, ex-jogador do Atlético e que havia feito boa campanha no Sport. Ele não foi bem e acabou demitido ainda no primeiro semestre. No ano seguinte, o Furacão iniciou o ano com o polêmio Mário Sérgio, que havia conduzido o time no segundo turno do Brasileirão 2003. Apesar de ter feito uma boa pré-temporada, Mário Sérgio cometeu uma série de equívocos que acabou custando o título estadual ao clube e culminou com sua saída às vésperas do Brasileirão.

Em 2005, foi feita uma nova aposta: Casemiro Mior, então técnico do Nacional da Ilha Madeira e com pouca experiência no futebol brasileiro. Ao contrário do ideal traçado pelo clube, Casemiro indicou também um preparador físico. Os dois não souberam aproveitar os recursos científicos oferecidos pelo clube e foram demitidos no final do Paranaense.

Lothar Matthäus, o técnico escolhido para 2006, adequa-se mais ao perfil idealizado pela direção do que seus antecessores mais recentes. Para começar, posssui boa experiência internacional, tendo trabalhado durante cinco anos no futebol europeu. Além disso, é jovem, ambiciona crescer na carreira e aceitou os padrões salariais impostos pelo Rubro-Negro, reconhecendo a boa oportunidade de trabalho. Por fim, Matthäus demonstra ter aptidão para trabalhar com os modernos recursos científicos adotados pelo Atlético, uma vez vem do centro futebolístico mais avançado do mundo, a Europa. Essa capacidade, aliada à sua vasta experiência como atleta, é uma credencial que o diferencia dos treinadores que iniciaram as temporadas anteriores no clube.



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