Paulo Rink confirma sondagem e elogia Matthäus
Paulo Roberto Rink nasceu em Curitiba, foi criado nas categorias de base do Atlético, tornou-se ídolo da torcida e deixou o clube para ganhar o mundo. Jogou no Bayer Leverkusen, naturalizou-se alemão e defendeu a seleção da Alemanha. Disputou a Euro 2000 ao lado do veterano e consagrado Lothar Matthäus. O capitão com a camisa 10; Rink, com a 11.
Ninguém reúne tantas credencias para exercer o cargo de auxiliar técnico de Lothar Matthäus caso ele assuma o comando técnico do Rubro-Negro, como tudo indica. O próprio Matthäus disse que seria essencial que a comissão técnica fosse composta por um auxiliar bilígüe, fluente em alemão e português, que pudesse fazer a ponte entre o técnico e os atletas.
Paulo Rink fará com 33 anos daqui a um mês e continua jogando no exterior, onde está desde que deixou o Atlético, em 1997. Depois do Bayer Leverkusen, ele jogou por Santos, Nüremberg, Energie Cottbus, Olympiakos Nicosia, Vitesse e Chonbuk Motors. Agora, Rink atua no Omonia Nicosia, do Chipre, clube com o qual tem contrato até junho de 2007. Sua equipe é terceira colocada do Campeonato Cipriota, com 34 pontos, atrás do Apollon e do APOEL, ambos com 36. A competição acaba em maio e Rink lidera a artilharia com 13 gols, ao lado de Lukasz Sosin, do líder Apollon Limassol.
A Furacao.com conversou com o ídolo da torcida atleticana acerca da especulação de seu nome para auxiliar Lothar Matthäus no Atlético. Rink revelou que conversou com Lothar por telefone sobre o assunto, mas que só tomará uma decisão quando o técnico assinar contrato e confirmar sua ida ao Furacão. Por outro lado, o ex-jogador do Rubro-Negro apontou qualidades do alemão: "Ele pode influenciar os jogadores com seu comportamento de vencedor". Confira a entrevista exclusiva de Rink à Furacao.com:
Paulo, até quando vai seu contrato com o Omonia?
Tenho contrato até junho de 2007. Acabei de assinar em dezembro por mais 18 meses. Estou superbem aqui, sou o artilheiro do campeonato com 13 gols e meu time está em terceiro lugar, a apenas dois pontos do líder.
Surgiu na imprensa de Curitiba, e você já deve estar sabendo, a especulação de que seu nome teria sido cogitado para trabalhar como auxiliar técnico do Lothar Matthäus no Atlético. O que você tem a dizer sobre isso?
A idéia de parar logo agora que está correndo tudo bem não estava em meus planos. Não tinha pensado sobre isso até essa última semana, quando começaram os boatos sobre o assunto. Como eu pessoalmente confirmei alguns deles com o própio Lothar, estou esperando para ver primeiro se realmente o técnico assina e depois se ele precisar e me ligar, aí sim terei que tomar a decisão. Por ora, é só especulação.
O que lhe parece a idéia de se aposentar como jogador e assumir um cargo de auxiliar do Matthäus no Atlético? Você aceitaria conversar com a diretoria atleticana sobre isso?
Voltar pra casa sempre me agrada, ainda mais para poder ajudar o Atlético. Mas confesso que realmente a minha idéia era outra. Queria jogar mais um pouco, mas se isso realmente acontecer conversaremos e decidiremos o que for melhor para todos. Tenho um bom relacionamento com a diretoria do Atlético desde a minha saída.
Você jogou ao lado do Matthäus na Euro 2000. Qual sua opinião sobre ele?
Já o conhecia da seleção alemã. Fizemos uns jogos juntos, mas onde ficamos mais juntos foi na preparaçãoo da Eurocopa. Ficamos concentrados longe de tudo e de todos por mais de 35 dias. Nesse período, vi o que ele pode influenciar os jogadores com seu comportamento de vencedor. Isso com certza é uma de suas caracteristicas mais fortes, além de ser simpático e um vencedor.
O que alguns comentam é o seguinte: Matthäus é inquestionável como atleta, mas ainda não tem uma carreira sólida como treinador. Você conhece o trabalho dele como técnico?
Olha, na Eurocopa mesmo eu já via ele trabalhando como técnico meio camuflado, ajudando o treinador, dando opinião sobre a tática e tudo mais. Um jogador com sua experiência com certeza é um bom técnico.