Atleticano do interior
Ao ler uma coluna no dia de hoje referente ao apedrejamento do ônibus do Atlético em Maringá, não gostei da maneira como o colunista se referiu aos torcedores interioranos.
Eu sou ponta-grossense e torço para o nosso Furacão desde piazito e tenho orgulho disso. Meu maior e eterno ídolo chama-se Barcímio Sicupira a quem eu aprendi a admirar no tempo em que o Atlético, segundo ele, não tinha nem uniforme para treinar. Quando pequeno assisti a verdadeiras barbáries próximas ao campo do Operário com quebra-quebra em residências e até gente sendo baleada em um jogo do Atlético contra um time aqui da terrinha.
Portanto, infelizmente, maus elementos e baderneiros existem em todo lugar, seja na capital como no interior. O errado é a generalização como cometeu o cronista da Furacão.com. Será que por acaso ninguém da capital não lembra das confusões e arruaças nas estações tubos de nossa moderna capital após qualquer clássico entre o trio de ferro? A torcida atleticana não deveria se resumir aos moradores da capital do estado. O Clube Atlético Paranaense deveria buscar torcedores em todo o estado do Paraná.
Durante anos e anos o clube não investiu em torcida fora de Curitiba e até hoje colhe frutos por essa escolha. Com a era Petraglia este conceito deve ser mudado – e eu espero que seja esta a visão de nossos dirigentes – pois é chegada a hora de nossas crianças paranaenses torcerem por clubes locais . É claro que isso se conquista com marketing e títulos. Títulos, eu repito, muitos títulos. Quanto a expor nossos jogadores a estádios e torcidas no interior, a fórmula do campeonato foi aprovada pelos ilustres dirigentes de todos os nosso clubes.
Não adianta reclamar da falta de condições de estádios, campos ruins, etc. Vamos à luta que o campeonato paranaense também deve ser encarado com seriedade e com o objetivo de sermos novamente campeões.