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21 jan 2006 - 18h37

Cuspiu no prato que comeu

Acompanhando os noticiários tanto no rádio, tv, jornais e sites a respeito da volta ou não do “Aloísio”, muito me entristece saber que o jogador, após uma bela passagem pelo nosso querido Atlético, sempre mencionando em suas entrevistas o grande carinho com o qual foi recebido em nossa cidade, do tratamento que recebeu da diretoria do Atlético e de sua torcida, sempre mencionando a qualidade e amizade do grupo de atlétas.

Hoje analisando melhor, o discurso do Aloísio me soa um tanto que “falso”. Tenho observado que a imprensa paulista sempre menciona que o atleta quer continuar no São Paulo, pois é seu clube de coração e outras besteiras a mais.

O que realmente me deixa indignado é a postura de certos atletas em relação aos clubes por onde passam, exemplo:

Quem se lembrava do “Aloísio” quando foi contratado pelo Atlético? Ora, é um atleta de ótima qualidade técnica, que estava no ostracismo num clube qualquer da Rússia, onde poderia estar até hoje não fosse o Atlético ter o contratado.

Um atleta com mais de 30 anos, que passou grande parte de seu contrato machucado, sempre em recuperação. Teve todo apoio da diretoria e principalmente da torcida, não é um grande goleador, artilheiro, aquele cara que faz gols em todas as partidas, mas é aquele jogador batalhador que joga sempre bem, faz bem o pivô e outras coisitas mais.

Então por que “cuspir no prato que comeu”? Me lembro bem o caso do Fabiano “campeão brasilieiro de 2001”, foi a mesma coisa após a conquista do título brasileiro. Forçou e muito a barra para ir jogar no São Paulo. Pergunto: onde está o Fabiano hoje?

Há certos atletas que fazem história pelos clubes que passam, não só pelo seu futebol, mas também pelo seu caratér, pela identidade criada com o clube e com a torcida, mas também há aqueles que um dia, após vinte anos vão falar – ah, eu jogei no Atlético – e daí você vai pensar, pensar e pensar e não vai se lembrar do cara, não que você esteja já velhinho sem memória, não, é que o cara não merece ser lembrado, pois não criou história para isto.

Então fica a seu critério Sr. Aloísio, quer ser lembrado ou não, tome uma atitude, ou vem ou fica, só não fique criando “joquetes com a imprensa e com empresários”, pois nós atleticanos contamos com você em 2006.

Exemplo: no último jogo contra o Nacional de Rolândia a torcida Rubro-negra gritou o nome do técnico adversário Dirceu, e muitos que gritaram nunca o viram jogar com a camisa Rubro-negra, eu vi, este ficou marcado na história do clube. Faça o mesmo.

Saudações.



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