Dagotário
Lá vai Dago, o ex-menino, que ainda pensa que é revelação, fazendo bobagens dignas de um adolescente. Pensa que é esperto, o “bom da boca”.
Assim, desse mesmo jeito, muitos garotos se enterraram no mundo das drogas. No caso de Dago, os aliciadores são traficantes da pior espécie. O dono da empresa subiu na vida apresentando programas de porta de cadeia, enganando o público com quadros falsos de brigas familiares e fazendo DNA para denunciar paternidade ao vivo e a cores. Brigas simuladas no palco, platéia comprada para rir, chorar, aplaudir ou vaiar.
Já Dagoberto subiu na vida em espetáculos reais, onde nunca enganou o público. Jogou bola de verdade, driblou, cabeçeou, serviu aos companheiros e fez gols, muitos e belos gols. E recebeu a vibração da torcida, que, ao contrário da platéia comprada do Ratinho, pagou para ver o menino jogar bola.
Agora ele faz corpo mole, como se sob efeito de marijuana, a mando do traficante de jogadores, que quer ganhar muito mais dinheiro que ele. Então vai, Dagoberto, vai. Para o Palmeiras, para o Real, ou para o inferno. Você vai e o Atlético fica.
A instituição é maior que os atletas. Um dia Dago, quando você crescer ou se descobrir sozinho, você vai entender do que eu estou falando. Sucesso!