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29 jan 2006 - 18h33

2005 foi tão ruim assim?

Acompanhando este titubeante início de temporada do Atlético, e lendo alguns artigos da imprensa paranaense e de torcedores, como nessa mesma seção, parei para pensar um pouco mais sobre o ano de 2005, que alguns consideram ter sido um ano terrível para o Rubro-negro. Concluí que, apesar de alguns equívocos, contradições e incertezas que permearam o ambiente do clube no ano passado, ainda ficou um saldo positivo na balança.

Tivemos altos e baixos nesta temporada. A contratação do desconhecido treinador Casemiro Mior talvez tenha sido a pior ação da diretoria, e o momento mais crítico do Atlético da temporada. O clube perdeu vários jogadores importantes (no início e durante o ano); e na Libertadores, não pudemos jogar a primeira partida da final na Kyocera Arena, e ainda fomos goleados no jogo derradeiro, no Morumbi.

Ora, mas como foi que chegamos até essa final? O torcedor recorda-se de que o início da temporada foi instável, e ninguém (nem mesmo o Presidente) acreditava que aquele elenco pudesse chegar até lá. Pois ele chegou. Chegou a um ponto onde nenhuma equipe paranaense alcançou; a um ponto onde não chegaram até hoje clubes “grandes”, tradicionais, como Corinthians e Fluminense. Acho ainda que tudo o que aconteceu naquela final veio como aprendizado para o clube, para a diretoria, e até mesmo para a torcida; uma espécie de teste para tornar-se grande internacionalmente; e apesar da derrota, acredito que aprendemos muita coisa.

Além disso, fomos campeões do Estadual, reafirmando uma hegemonia já ratificada nos últimos tempos. No brasileiro, uma honrosa sexta colocação, que rendeu ao clube a oportunidade de participar da Copa Sulamericana; não esqueçamos que o Atlético, no início desse mesmo campeonato, vinha priorizando a campanha da Libertadores, tanto é que teve o pior início de sua história, e chegou a ficar na lanterna durante várias rodadas.

Quanto a diretoria, continuo a admirar o trabalho realizado até aqui, apesar de alguns tropeços, e contratações as vezes discutíveis. Não sou um defensor ferrenho de Petraglia, mas é inegável a evolução que o clube apresentou na última década. Administrar um clube profissionalmente é muito mais do que trazer jogadores de nome; do que contratar e demitir treinadores a todo momento. Exige atitudes que podem deixar a diretoria entre a fúria da torcida e à insanidade financeira. A história mostra que o segundo caminho é bem mais pernicioso ao clube no longo prazo.

Assim, acredito que o ano de 2005 foi bastante positivo, e apesar da inconstância da equipe no momento, é uma questão de tempo para que as coisas entrem nos eixos, e o clube esteja preparado para as competições realmente importantes dessa temporada, as Copas (do Brasil e Sul-americana) e o Brasileiro.



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