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7 fev 2006 - 11h52

Gabiru

Faz algum tempo que escrevi neste democrático espaço do torcedor Atleticano, mantido pela Furacão.com. Entretanto, um especial acontecimento instiga o desabafo que segue.

No futebol existem pouquíssimos craques verdadeiros. Craques que, com a bola nos pés, são capazes de desequilibrar a partida, ainda que marcados implacavelmente por um ou dois adversários, durante toda a partida. Assim foi com Pelé, com Garrincha, com Maradona, assim é com Ronaldinho Gaúcho, para citar apenas exemplos clássicos e incontestáveis.

Também existem aqueles bons jogadores. Estes, quando em boa forma física, e com o apoio (adoração, por vezes) da torcida, também são capazes de desequilibrar as partidas. Dinei, do Corinthians é o exemplo a ser lembrado.

A diferença entre craques e bons jogadores, é que os craques são bons, sempre. Em qualquer time que atuem, irão desequilibrar. O craque é sempre ídolo, sempre lembrado por onde passa. Para isso, basta demonstrar seu bom futebol. Um bom jogador, por seu lado, nem sempre obtém sucesso por onde passa. Depende do elenco que compõe o time que atua. Depende de sua forma física. Depende da torcida. Tanto melhor que caia nas graças dos torcedores.

Este foi o caso do Gabiru. Nunca foi craque. É, no máximo, bom jogador. Na primeira temporada que jogou no Atlético, acabou criando certa empatia com a torcida. Estava em boa forma física, e o elenco ajudava. Da mesma forma na segunda temporada, a de 2001. Naquele ano, o elenco ajudou, e como, o Gabiru. Mesmo em grande parte dos jogos, quando Souza atuou, porque o Gabiru estava lesionado.

Depois do título, não se viu mais aquele futebol que o Gabiru apresentava. Falta de preparo? Ora, o Atlético possui os melhores preparadores físicos, e o melhor programa de preparação do Brasil. Preparo não é o problema. Falta de bom elenco? Apesar de não haver mais um time como em 2001, o Atlético manteve ótimos elencos nas temporadas passadas – inclusive conquistando o Vice-Campeonato da Libertadores. Falta de apoio da torcida? Gabiru sempre foi ídolo. Sempre foi apoiado e adorado pelos torcedores.

Então, que motivo levou Gabiru a não mais desejar o Atlético? Eu, particularmente, não sei.

Uma coisa, é certa: se o jogador sai de seu clube em direção ao exterior, penso que o merece, por méritos, e lhe deve ser dada a chance de obter bons lucros com sua profissão. Afinal, a carreira do jogador é curta e, no Brasil, este é o único caminho a ser trilhado para a garantia de estabilidade financeira, após o jogador aposentar-se.

Outra coisa, entretanto, ocorre com a transferência de jogadores entre clubes brasileiros. Um jogador somente busca outro clube, porque espera aparecer mais na mídia, valorizar-se para obter transferência ao exterior. Afinal, entre clubes grandes, as diferenças salariais não são exageradamente grandes.

Penso, assim, que Gabiru, desajeitadamente, como lhe indica o apelido, acredita que o Atlético não lhe dá visibilidade suficiente; que acretida que clubes como Cruzeiro (onde amargou longo período no banco de reservas), e Internacional são times muito melhores que o Atlético; que acredita que as condições de trabalho serão melhores; que acredita que o salário será muito diferente.

Se assim pensa, vai tarde, pois apesar do que fez pelo Atlético, não ouvi um obrigado sequer, e ainda não esqueci o pênalti perdido, contra o rebaixado Galo Mineiro.

Grande abraço a todos os atleticanos.



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