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24 fev 2006 - 17h53

Jogador não é coisa

Já foi o tempo em que pessoas eram tratadas como coisas (quaisquer): vendidas, surradas, usadas, (des)respeitadas como tais (“trecos”). No entanto – e infelizmente -, resquícios de um Brasil colônia ainda existem. E não em canaviais, mas no campo de futebol. Também.

Dirigentes de diversas ordens, classes, cores, credos, idades, etnias ainda se fazem passar por verdadeiros senhores, tendo os times como sua senzala. O poder, a criação, educação ou o que for, pode transformá-los em feitores. Isso é uma escolha de quem se deixa (mal) fazer assim como pessoa. Se degradar ou não, em termos de valores humanos, é escolha democrática. O que não pode ser admissível é o desrespeito de pessoa para pessoa. De profissional para profissional.

Nunca escrevi artigo sobre ou para esportes antes, embora seja torcedora (empolgada) do Atlético Paranaense (e, mesmo estando de mudança de estado, continuarei – não apenas fiel como outras torcidas, mas, sim, – leal). Hoje, no entanto, não consegui me conter ao saber, pelos programas esportivos de televisão, o absurdo que estão tentando fazer com o jogador Dagoberto do nosso Rubro-Negro.

Eis um jogador que honra o hino do Furacão: veste a camisa por amor. Ao contrário do que (presunçosos) dirigentes podem pensar – ao invés de dialogar – a partir de pensamentos simplistas e senhoriais, o jogador, ao expressar querer ser valorizado não se remete apenas à questão financeira. Isso fica claro nas palavras dele. Interpretar um jogador como pura cifra é visão estreita e senhorial. E fora de moda, aliás. Vamos atualizar. Respeito é o fundamental, necessário e imperativo. Principalmente numa empresa que procura seguir modelos internacionais – e com sucesso tantas vezes – como é o CAP (e funciona, viu?! É só aplicar e conferir.) Principalmente àqueles que se mostram pessoas ligadas aos valores do clube.

Para quem não sabe dos detalhes, vale ler as matérias a respeito, onde estão registradas entrevistas das duas partes: do jogador e do presidente do Atlético Paranaense. A partir daí, a crítica é de cada um. De minha parte, vejo o jogador agindo como ser humano: com emoções, e, mesmo assim, não citando nomes. Ou seja: procurando ser diplomático, mesmo estando evidentemente irritado, pois antes de jogador profissional é ser humano, como todos nós. E também entendo que o presidente está agindo com abuso de poder e arrogância, misturando orgulho ferido com legalidade, o que não coopera para crescimento de nada e de ninguém. E o futebol – quer seja técnica, quer seja arte é sempre emoção – e parece não importar: fica lá longe… A bola é com vocês!

P.S.: Presidente, admitamos: que foi um gol contra, isso foi!



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