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16 mar 2006 - 13h07

Torcedor espera empenho dos jogadores

Não é possível que atletas que contam com total apoio da diretoria, que treinam no CT que proporciona as melhores condições de trabalho, que tenha à disposição uma equipe de profissionais que vão de médicos a fisioterapeutas, de nutricionista a fisiologista, que ganham salários em dia, que ganham destaque na mídia nacional por estarem em time de ponta, não retribuam para a torcida e diretoria com esforço redobrado em campo quando enfrentam uma decisão que pode tirar o brilho de uma ascensão brilhante do Clube Atlético Paranaense (CAP).

O risco de ficar fora de uma decisão pode tirar o Atlético da próxima Copa do Brasil, além de não ampliar a relação de títulos paranaenses da história do clube. A derrota para a ADAP já deixou o rubro-negro atrás do Paraná na qualidade de melhor campanha. São estragos que podem se tornar irreversíveis. Devem ser evitados.

Domingo passado estive em Campo Mourão e pessoalmente vi o empenho dos diretores. Fui ao vestiário antes do jogo acompanhando o Mario Celso Petraglia e demais conselheiros. Não senti motivação dos jogadores. Estavam confinados num espaço pequeno, sem condições até de respirar. Em campo, um desastre. Um time mal armado, com muitos defensores (três zagueiros, dois volantes, laterais sem disposição de atacar e apenas um centro-avante na frente). Fiquei com pena do jovem e talentoso Pedro Oldoni. Sozinho no ataque e ainda tendo que vir buscar jogo e ajudar a desarmar. Foi sacrificado. Na meia, apenas o Ferreira mostrava raça e velocidade.

No intervalo voltei ao vestiário para acompanhar o Petraglia. Ele passou pelo árbitro e fez breve reclamação, sem qualquer tipo de ofensa. Era preciso. Marcou a presença da diretoria na cidade. No vestiário pediu empenho e amor à camisa. No segundo tempo os atleticanos voltaram com outra postura, mas mesmo assim pecando com um só atacante. Veio o golaço do Michel Bastos (bom jogador) e o pênalti que não foi convertido pelo Alam Bahia. E no final Denis Marques foi infeliz ao perder uma grande chance na frente do goleiro (excelente) da ADAP. Pena que o técnico interino demorou para fazer alterações e principalmente por manter apenas um atacante de ofício. Porém, a diretoria estava lá, fêz o seu papel. Os jogadores estavam muito desligados. Poucos se salvaram. Neste domingo, tudo pode ser diferente: volta Dagoberto, Fabricio fica no banco e a fanática torcida estará em peso na Kyocera Arena. Eu acredito na classificação. E o Matthäus? Outra hora eu conto…



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