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23 mar 2006 - 19h58

O alemão nos deixou na mão

Estou preocupado com o Atlético. Pela primeira vez não teremos vitórias garantidas, ou seja, não haverá nenhum Atletiba. Bem, se o problema do Furacão fosse somente este, o time e a diretoria estaria tranqüila. Mas o time passar por um inferno astral pós-alemão.

Após o alemão deixar o Furacão na mão (rimou), o time vem de três derrotas pelo mesmo placar: malditos 2×1!! A diretoria no intuito de inovar, contratou um técnico europeu para dar ao rubro-negro ares de time internacional, mas o tiro saiu pela culatra.

Foi esquecido justamente do TIME. Com Matthaus, a equipe até que estava indo bem no Paranaense, mas daí chegou a tal ADAP nas quartas-de-final. E justamente neste momento decisivo, o alemão principalmente deixou toda a nação atleticana na mão.

O alemão não teve senso profissional, e acabou se engraçando com algumas maravilhas do nosso país. E depois teve fotógrafo que acabou errando na legenda, complicando ainda mais a vida dele, e principalmente do Atlético. Resultado: a coisa ficou preta com a patroa. O alemão viajou as pressas e o que sobrou de tudo isso? Nada.

Nada mesmo. Sucumbimos por um time do interior que não tem grande tradição, mas que está se mostrando competente para sua torcida. E pior, fomos humilhados em casa, para alegria dos cocoxas, que só são felizes quando o Atlético está na pior. Não quando ganham. Para piorar, no último jogo na Arena, a torcida chamou Dagoberto de ‘pipoqueiro’. Mas por acaso ele tem culpa de existir zagueiro “patroleiro”? Se ele fazer uma firula, os caras ‘passam o rodo mesmo’. Não é fácil ser craque. Mas as vezes a torcida não entende. E nem os dirigentes. Dago joga muito, mas também tem seus limites. Não pode ser tratado como um Ronaldinho Gaúcho, onde leva quase que nas costas o Barça – apesar que eles tem um escrete de craques de alto nível, ao contrário do Furacão.

A vida de nós atleticanos não anda fácil mesmo. Na última quarta-feira o time foi ao Rio e deu uma volta e acabou levando pra casa duas redondas. Mais uma derrota. O novo técnico nordestino terá que ‘pedalar’ e ajeitar a equipe, senão a ‘pexêra’ vai comer solta. Sobre este sentimento de receio e preocupação, espero ainda que o Furacão de tantas glórias – onde quem veste a camisa deve ter amor – não seja humilhado de novo por outra equipe sem expressão. Se continuar assim, vamos fazer companhia aos porcos, e ano que vem Atletiba só na segundona! Acorda Atlético!



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