4 abr 2006 - 16h19

Dagoberto concede entrevista à Gazeta Esportiva

O atacante Dagoberto concedeu uma entrevista ao site GE.Net poucos dias antes de ser submetido à artroscopia no joelho esquerdo no HCor, em São Paulo. A reportagem foi publicada no dia 27 de março. Dagoberto voltou a tratar de temas como a cirurgia no ligamento do joelho esquerdo, realizada nos Estados Unidos, e a possibilidade de renovação de contrato com o Atlético. Não houve nenhuma novidade nas declarações do atleta sobre essas questões.

Em relação aos demais assuntos, Dagoberto lamentou a saída do técnico Lothar Matthäus ("Foi uma ótima passagem") e reclamou da perseguição que vem sofrendo por parte dos adversários ("Você entra para jogar bola e a marcação chega sempre na maldade").

Confira, a seguir, as respostas do jogador rubro-negro ao repórter Bruno Ceccon (clique aqui para ler a reportagem na íntegra no site da GE.Net):

GE.Net – O seu irmão é um dos maiores responsáveis pelo seu início no futebol. Como foi esse começo?
Dagoberto – Ele tentou a carreira de jogador de futebol antes que eu e sempre falava sobre um irmão mais novo para o pessoal do PSTC. Fui depois e até chegamos a atuar juntos em algumas partidas. Mas ele teve uma lesão grave no joelho e o clube era pequeno, não tinha toda a estrutura necessária nesses casos. Como não teve o apoio que precisava para voltar, ele resolveu terminar a carreira.

GE.Net – No momento em que você sofreu a lesão no ligamento do joelho, lembrou do drama que encerrou a carreira do seu irmão?
Dagoberto – Com certeza, a história do meu irmão acabou voltando na minha cabeça. Ele foi muito importante no meu período de recuperação. Sempre conversamos muito, o Douglas me ajudou ao máximo. São coisas que acontecem na vida. Temos que levantar a cabeça e seguir com a bola para frente. Eu me dediquei muito na reabilitação e jamais tive qualquer novo problema de ligamento no joelho.

GE.Net – De quem partiu a decisão de realizar a operação nos Estados Unidos? O atendimento do departamento médico do Atlético-PR vem sendo satisfatório?
Dagoberto – A decisão de fazer a operação no exterior partiu do próprio clube. O pessoal aqui do Atlético-PR sempre me ofereceu uma atenção legal. É claro que todas essas lesões são coisas que a gente não queria que acontecesse. Mas não adianta nada ficar lamentando agora. Tem que fazer o tratamento com seriedade e procurar voltar às atividades normais.

GE.Net – Depois de se recuperar da lesão no joelho, você passou a conviver com seguidas contusões musculares. Era algo previsto ou isso já te preocupa?
Dagoberto – Lesões musculares com essa freqüência que eu venho sofrendo, não são normais. A carreira de jogador de futebol já não é muito longa e diminui ainda mais quando você fica muito tempo parado. Eu tive esse problema no menisco e vou passar por uma nova cirurgia, mas agora é uma situação bem mais simples. Espero que eu possa voltar definitivamente e afastar essa “nhaca” de uma vez por todas.

GE.Net – Até pelo seu estilo de jogo, você tem sido muito perseguido durante os jogos. A truculência dos marcadores deve complicar ainda mais a sua vida…
Dagoberto – O futebol paranaense já não é grande coisa, principalmente porque a Federação prima pela desorganização. E piorou ainda mais com toda essa pancadaria durante os jogos. Mesmo assim, ninguém nunca é punido. É complicado, você entra para jogar bola e a marcação chega sempre na maldade. O nível técnico do campeonato abaixou muito, só tem chutão e balão para cima.

GE.Net – A passagem do técnico Lothar Matthäus pela Arena foi muito polêmica. Como você avalia o trabalho do treinador alemão?
Dagoberto – Na minha opinião, acho que foi uma ótima passagem. Todo mundo duvidava que ele viria e ele não apenas veio, como também fez coisas que ninguém acreditava. Todos ficamos felizes com a presença dele e ainda ganhamos todos os jogos enquanto o Matthäus esteve conosco. Acho que essa saída foi uma coisa normal. Ele foi buscar os objetivos dele e nós continuamos perseguindo os nossos.

GE.Net – Muitos questionaram a postura do técnico, que viajou para Europa e deixou o cargo repentinamente. O que você achou dessa atitude?
Dagoberto – Isso é uma coisa normal dentro do futebol. (Silêncio). Ele trouxe muitas coisas boas, que todos os jogadores podem usar no decorrer de suas carreiras, principalmente a disciplina, que é o mínimo que nós devemos ter, e o profissionalismo, que ele também nos pedia muito. O Matthaus quis mesclar a qualidade do futebol brasileiro com a marcação alemã e também nos ensinou a jogar com paixão e amor.

GE.Net – Depois de conquistar o título brasileiro de 2001, o Atlético-PR se manteve entre os melhores com o vice de 2004 e o sucesso na última Libertadores. O fracasso no Estadual e a saída dos principais talentos sinalizam uma nova era?
Dagoberto – É difícil tirar alguma conclusão sobre isso. É claro que nós queríamos ter chegado às fases finas do Campeonato Estadual, mas não foi possível. De alguma forma, isso acontecer logo no começo da temporada pode ser positivo. As derrotas servem para mostrar nossos erros, devemos aprender com eles para deixar tudo pronto para o Brasileiro, que é onde o bicho pega mesmo.

GE.Net – O seu futuro tem sido motivo de discórdia. Você pretende se transferir para o exterior ou permanecer no Atlético-PR? Como está a sua relação com a diretoria?
Dagoberto – Eu sempre deixei claro que o maior objetivo da minha carreira é jogar num grande clube do futebol europeu. Espero voltar ao esporte e conseguir embalar numa seqüência sem lesões para conseguir este objetivo. O presidente foi muito infeliz nas declarações dele, mas isso já é um assunto completamente superado. Eu nunca pedi salário ao Atlético-PR. Estou tranqüilo e agora tenho que pensar em cuidar do meu joelho.



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