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18 abr 2006 - 22h46

Será que estamos tão mal?

Torcida atleticana. Tenho acompanhado da capital paulista mais um início de ano turbulento do nosso Furacão. As derrotas em campo e as trapalhadas fora dele criaram um grande clima de incerteza que contagia a nação Rubro-negra. Mal acabou a primeira rodada do Brasileirão 2006 e os mais afoitos já falam em rebaixamento! Vamos com calma, tigrada, não estamos tão mal assim.

Ok, pagamos um mico por causa do alemão, que foi embora sem pagar suas contas, numa história muito mal contada. A diretoria nos deve uma explicação. Mas quem imaginaria que Matthäus fosse se meter em encrencas extraconjugais na primeira oportunidade?

Dentro do campo, o elenco é mediano, cheio de jogadores “engordando” para o abate no mercado. Mas quem não se lembra dos medianos Lima e Aloísio, hoje funcionários do maior clube do país da atualidade? Ou do grosso, mas raçudo Marcão, no futebol japonês?

Precisamos dar chance aos que estão aí, principalmente aos pratas-da-casa, como Evandro e Pedro Oldoni, que de fato não vêm jogando um bom futebol. Mas quem era Kleberson quando vestiu pela primeira vez esta camisa? E Dagoberto, nosso eterno xodó?

Desculpem-me os entendidos em técnicos, mas o Givanildo não é pior que Antonio Lopes, Levir Culpi, Cuca, Vadão, Tite, Abel, Oswaldo de Oliveira e mais uma dúzia de técnicos da primeira e da segunda divisão do futebol brasileiro. Qual é a mágica então? Tempo e trabalho. Com pressão sadia, pois todos, inclusive o pernambucano, sabem que sem vitórias ninguém se sustenta no comando de qualquer clube.

Fora de campo a diretoria cometeu vários erros e exageros. O grande erro foi transformar o planejamento em marketing, e não o contrário. Fez-se muita propaganda sobre o tal planejamento, que também pode estar errado, e também é submetido às regras do imponderável, principalmente num esporte com as características do futebol, onde o melhor nem sempre ganha.

O maior exagero foi aplicar conceitos europeus de forma tão rígida numa cultura completamente distinta. Ingressos caríssimos, restrições de todo o tipo sobre a torcida e a frieza mercadológica são alguns exemplos bem vivos.

Mas negar o salto do clube em 10 anos também seria uma idiotice total. O que a torcida e a diretoria precisam entender é que quando se chega num patamar como chegamos, é difícil manter-se no topo. Não temos a grana (duvidosa) do Corinthians, a regularidade histórica do São Paulo, os milhões da venda do Robinho e não estamos no estado mais rico do país. Nem sequer no segundo.

Para ilustrar nosso patamar no cenário nacional basta olhar para alguns dos mais tradicionais times do país. O Palmeiras vive uma crise permanente desde 1998. O Galo foi pra segundona. O Grêmio voltou de lá agora e fez festa de campeão do mundo porque ganhou um regional. Os times do Rio são piada nacional.

Por fim, quero lembrar à nação Rubro-negra que a torcida do nosso co-irmão passou todo o ano de 2005 fritando técnicos e jogadores. Quando resolveram apoiar o time já era tarde.



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