Clube quer tornar a Arena auto-sustentável
Transformar o estádio Joaquim Américo auto-sustentável. Esse é o objetivo da diretoria atleticana com as parcerias acetadas em torno do estádio. Ano passado, o Atlético introduziu no Brasil o conceito de "naming rights", através da parceria com a Kyocera Mita, patrocinadora master do estádio. Nesta quarta-feira, foi anunciada a parceria com a Brasil & Movimento, fabricante de motos e bicicletas da Sundown, que passa a anunciar no setor Madre Maria.
A idéia do clube é definir até o final deste ano outros dois parceiros, para os setores Buenos Aires e Getúlio Vargas. De acordo com o presidente do Conselho Gestor do Atlético, João Augusto Fleury da Rocha, quando o clube fechar com esses outros dois patrocinadores, será um dos únicos do Brasil, senão o único, a ter um estádio com seus custos de manutenção totalmente pagos e ainda dando lucro, mesmo que pequeno, ao próprio clube.
Fleury revelou que o investimento obtido através dos patrocínios (com a Kyocera e, agora, com a Sundown) será destinado integralmente para a manutenção do estádio. O presidente atleticano não soube precisar o custo mensal da Arena, mas estima que são gastos cerca de R$ 40 mil por partida realizada, chegando a R$ 48 mil nos jogos noturnos. Segundo ele, o valor arrecadado com bilheteria e com os dois patrocínios já fechados não são suficientes para sanar os custos de manutenção do estádio, que só conseguirá ser auto-suficente após o fechamento com dois novos parceiros.
Gastos constantes
De acordo com Fleury, os gastos com a manutenção de um estádio de futebol com o decorrer do tempo chegam a ser mais caros até do que os gastos com a construção. Isso se agrava ainda mais em Curitiba, completa o dirigente, cidade com muita umidade e em que chove muito, com a estrutura de concreto e de ferro do estádio exigindo manutenção constante "para não ficar caindo aos pedaços, cheio de fissuras e goteiras, como a maioria dos estádios velhos que existem por aí", disse Fleury.