Prezada, linda, maravilhosa e sensacional nação Rubro-Negra.

Venho até vocês no intuito de lhes fazer um pedido e juro que será o último.

Foram tantas alegrias, tantos desejos realizados, tantas glórias em tão pouco tempo, que não sei nem se devo lhes fazer mais este pedido, que na verdade é mais um favor, mas tenho certeza de que o que vou pedir é simples, pois todo “atleticano” nasce com “isso” no coração.

Notem que sei que todos somos apaixonados, somos todos fortes, o time em maior evidência, que temos o melhor estádio, o melhor CT e todas estas e outras coisas que adquirimos ao longo destes oito anos de convivência maravilhosa.

Sim, pois pra mim tudo começou naquela linda noite onde o “templo” foi inaugurado! Conheço o Atlético do passado, meu querido pai me ensinou desde pequeno a gostar desta camisa e me ensinou a história deste maravilhoso time. Mas na minha cabeça, aquela noite foi a grande estréia, a grande mudança! Me emocionei por ver o Atlético grande, chorei por ver aquele templo erguido, gritei A-ATLÉ-A-TLÉ-TI-CO, som antigo que ecoava no nosso anterior e tão quão maravilhoso estádio, sabendo naquele momento que este som iria mudar, iria se adaptar à força que o Atlético iria adquirir, que se tornaria um dos gritos de torcida mais fortes do Brasil, AAAAATLLLÉÉÉÉÉÉÉTIIIIIICOOOOOOOOO… Nossa, só de invocar este som me faz sentir a adrenalina correndo pelas veias e lembrar de tantos jogos vencidos, tantos jogos quase tidos como derrota e que se tornaram vitória “do nada” e que foram regados a este som até o fim!!

Por que estamos perdendo, por que estamos nervosos, por que temerosos, por que sem “fé”?

Neste momento o que iria pedir, que era simples, pode se tornar muito difícil para todos nós. Mas quero lembrar que meu intuito aqui é pedir um favor e não criar confusão, estou desarmado.

Poderá até parecer piegas, fora de moda, mas após a Páscoa lembrei daquele que amou tanto o ser humano e teve tanta fé no que fazia, que tornou o impossível, possível; que fez coisas que as maiores mentes hoje, em pleno ano de 2006, não conseguem explicar.

Ooopaaaa, eu já vi, naquela estréia, naquela noite linda, “todos” nós atleticanos, tornamos o que era um sonho, em realidade!

2001, ooopaaa, eu já vi… (ahhhh 2001, que ano maravilhoso em minha vida, desculpem novamente, deixa eu voltar à minha carta, e a verdade é que me perco só de pensar naquele ano). Como ia dizendo, já vimos e também usamos uma palavra e uma ação que tornou o time imbatível naquele ano. Isto só para exemplificar que quando se está em paz, e no bem, tudo fica bem, tudo dá certo, é só querer. ”Ele” simplesmente acreditou até o fim, o mal não o fez parar, nada o interrompeu em sua jornada, nada o deixou triste, nem mesmo o flagelo!

Ahhh, nossa torcida! Que maravilha, que adrenalina, que força, que espírito de garra, que emoção, que astral, quando entro no templo a primeira coisa que penso é em nossa maravilhosa torcida.

Faço minhas as palavras de consolo e esclarecimento daquele ser maravilhoso que idolatro. “Meus irmãos, em verdade vos digo” com muita emoção e ao mesmo tempo tristeza ao ver tantos Rubro-negros tristes, com raiva, vaiando, descrentes, chorando até. Peço finalmente o que realmente vim pedir, pois o coração atleticano antes de tudo é humano e tenho certeza, absolutíssima e 100% de certeza, que o que impera é o amor e o bem ao próximo e que é o que todo atleticano tem e quer no momento que veste o manto sagrado. Peço agora, aqui, vamos amar nosso time como se fosse sempre a última das coisas, vamos torcer como torcedores apaixonados que somos, vamos ser felizes pelo que temos e conseguimos, vamos ser contentes, pois ser atleticano é uma glória, vamos ser satisfeitos, porque o que conseguimos até agora é para poucos e finalmente, humildes na vitória e na derrota! Por favor, parem de brigar, parem de reclamar, parem de pedir, parem de sofrer sem precisar, cuidado com a cobiça e a ganância, elas destroem o que possuímos de mais lindo que é o amor. Vamos fazer o bem, vamos virar “torcedores” novamente. Eu só peço para todos voltarem a ter “fé”, a “fé atleticana”, a “verdadeira e clara fé atleticana” que nos fez tornar sonhos em realidade.