2 maio 2006 - 1h47

Dito e feito: "talento pronto para estourar"

Ele entrou no time com a fogueira alta. Nas finais do Campeonato Paranaense o então técnico Lothar Matthäus apostou as suas fichas em Pedro Oldoni. O atacante que só havia vestido a camisa atleticana na Copa SP, entrou em campo contra o Cianorte, no interior do Estado. Na estréia, dois gols e vitória por 5 a 1. A seqüência de jogos não agradou a torcida, que já começava a pegar no pé do jogador de apenas 19 anos. Apesar de marcar um gol contra o Fluminense, na primeira partida do Campeonato Brasileiro, Oldoni passou em branco contra o Santos e só voltou a dar alegrias à nação rubro-negra no último fim de semana, contra o Botafogo, no Maracanã. E quanta alegria: o atacante marcou três gols no estádio mais tradicional do mundo e assumiu a artilharia isolada da competição, com quatro gols.

Quem acompanha a curta carreira de Pedro Oldoni sabe das dificuldades do jogador. Há apenas dois anos e meio ele era mais um garoto que tentava sair das quadras do futsal para o gramados. Depois de fazer um teste no Centro de Treinamentos do Atlético, Pedro foi aprovado e logo em seguida emprestado ao time júnior do Cianorte. "O Atlético tinha muitos atacantes. Não havia espaço para mim lá dentro", afirmou o jogador em entrevista ao site Furacao.com realizada no fim de 2005.

Depois de fazer sucesso no Cianorte, sendo artilheiro da Copa Tribuna e do Campeonato Paranaense com 39 gols no ano, Pedro voltou ao Atlético para disputar a Copa SP. O time e o atacante não foram bem. Eliminado na primeira fase da competição, Oldoni só balançou a rede uma vez.

As dúvidas com relação ao futebol do atacante por pouco não o deixaram de fora do Atlético. Com contrato apenas até março, Pedro se viu no meio de uma negociação quente entre a Massa Sports (procuradora do atleta) e a diretoria rubro-negra. A Massa acusava o clube a querer pagar apenas R$ 600 de salário ao jogador, já o Atlético afirmava que os empresários do artilheiro pediam 50% dos direitos federativos, R$ 100 mil antecipados e salário de R$ 5 mil no primeiro ano, R$ 8 mil no segundo ano e R$ 10 mil na terceira temporada de contrato de Oldoni. Além disso, integrantes do Esquadrão da Torcida Atleticana (ETA), apoiaram o clube e passaram a fazer diversas manifestações contra a Massa Sports exigindo a renovação de contrato do atacante.

No dia 26 de janeiro a situação foi resolvida. Pedro Oldoni, reunido com seus procuradores, familiares e diretores do Atlético, renovou com o Atlético até 2010. De acordo com os seus empresários, o Palmeiras já havia procurado o atacante e por pouco o acordo com o time paulista não foi fechado, mesmo não sendo esta a vontade do jogador. "Eu quero ficar aqui!", disse o jovem artilheiro em dezembro já prevendo a sua condição de novo atacante titular do Furacão.



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