Não vamos nos iludir
É torcedor atleticano, não podemos nos iludir com essas vitórias fora de casa. O caminho do Furacão é muito mais que isso. O que vimos nesse domingo foi um misto de futebol ruim, falta de comando dentro das 4 linhas e sorte.
Se buscarmos na memória, não precisa ser muito longe, vamos no ano do título. Todos os times do atlético tinham o Xerifão, aquele jogador que botava o time pra correr, que dava bronca na defesa e empurrava o ataque. Todos lembram do “Nem”, do polêmico “Nem”, mas ele estava lá, dando bronca na defesa, correndo como louco e gesticulando.
Depois que o Nem foi embora, ficou o Rogério Corrêa, de ânimo menos exaltado mas com postura de líder e comandante. Podemos ainda citar o Marcão, que bem ou mal estava demonstrando a raça que é tradição no nosso Furacão. E hoje? O que temos? Uma dúzia de jogadores novos, alguns tidos como promessas, outra dúzia de jogadores com experiência e só. Cadê o Xerifão? Vão dizer “Alan Bahia!”, mas vamos abrir os olhos e dizer a verdade. Um ótimo volante, mas de Xerife não tem nada.
É pessoal, nosso time precisa correr, pois o caminho é longo e já vimos inúmeras vezes que o brasileiro não perdoa. Não dá pra dizer que o time jogou aquelas maravilhas, temos que dizer que contamos com a sorte, pois nem o Evandro esperava marcar aquele gol.
Enquanto nosso Xerife não aparece, vamos nos entretendo com o Givanildo e seus soldados. Coitado do Givanildo já está prático em fazer as malas, faz em uma semana e desmancha na outra, torna a fazer e desfazer. Ah! Isso não é culpa do Givanildo. Ele não erra passe, ele não erra gol, ele não bate escanteio e muito menos falta. Está na hora de fazer os jogadores acelerarem os passos.