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22 maio 2006 - 13h39

A lei da semeadura

Lembro-me quando um professor na pós-graduação dizia enfaticamente à turma: “Se você não conseguir fazer esta cirurgia em 30 minutos, então desista de fazer novas. Você não está no lugar certo”.

Há aqui um “princípio básico” que julgo poder ser aplicado a toda e qualquer profissão. Não importa se é um cirurgião ou um carpinteiro ou um manobrista ou cozinheiro ou escritor. O princípio ao ser aplicado se resume em: se você não é capaz de fazer o seu trabalho bem feito, então desista. Pelo menos até que aprenda a fazer de forma correta. Uma cirurgia mal feita pode custar a vida de um paciente. A má administração seguramente trará prejuízos em diversas esferas. No futebol, o comando técnico equivocado poderá custar algumas partidas, alguns pontos e até mesmo alguns campeonatos (que interessante! isto de repente me soou tão familiar…).

Para tudo na vida há um limite. Cá entre nós: o limite da paciência da fiel torcida atleticana tem sido duramente testado. Pessoalmente, a minha já esgotou-se no jogo contra o Santos. Não obstante estar vencendo, o técnico Luxemburgo não se cansava de orientar, gritar e até xingar seus jogadores. Enquanto isso, do nosso lado, tentei juntamente com o Erandir atender o “desanima não…” e o “não se entrega não…”. A sonolência irritante do Givanildo era capaz de ferver o sangue do mais paciente dos mortais. O meu então não demorou muito para ferver.

Outra característica que já observei: o time tem “a cara” do seu técnico. Se ele é combativo veremos um time combativo. Técnico “briguento” – no bom sentido – terá sob seu comando uma equipe que briga pela bola, e assim por diante.

Há uma lei na natureza que todos já conhecem, do mais simples ao mais estudado e em qualquer parte do mundo. É a lei da semeadura. Você colhe aquilo que planta. O Atlético tem colhido exatamente aquilo que vem plantando. Não obstante dispor de toda uma infra-estrutura de dar inveja a qualquer clube do Brasil e até mesmo fora dele, o “agricultor” Givanildo nos tem proporcionado a frustração de uma colheita magra. Pior, magérrima. A cada jogo temos nossa esperança renovada e queremos acreditar que será o início de uma nova fase, etc e tal. Contudo, bastam alguns minutos para que toda a boa expectativa desmorone. Não conseguimos ver um futebol ofensivo, envolvente e cativante. As duas vitórias no Brasileirão foram obtidas mais em cima dos erros dos oponentes do que a partir de méritos próprios. Isto é consenso entre a torcida. Prova é o resultado da enquete proposta aos internautas neste site, em que a maioria atribuiu as duas vitórias à baixa qualidade dos adversários.

Meus conhecimentos sobre futebol são muito elementares, tanto que eu jamais serviria para técnico. Mas algumas coisas já entendi. Sei quando um time joga bem. Sei identificar um time bem montado, que joga pra frente, determinado e objetivo. Aprendi a reconhecer um técnico capaz, observador e vencedor. Ele sabe identificar as falhas, onde e quando estão ocorrendo. De imediato já orienta e se preciso até esbraveja no intuito de corrigí-las. Se for preciso já troca de jogador antes mesmo ou durante o intervalo. Ora, isto é o be-a-bá do comando técnico, não é mesmo? Acima de tudo, acredito também que o bom técnico deve conhecer o grito da torcida e até mesmo reconhecer a hora de ir embora.



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