Análise de Atlético x Goiás, por Priscila Pacheco
Análise de Atlético 2 x 3 Goiás
O jogo deste sábado realizado na Baixada deixou ainda mais preocupado o torcedor atleticano. Enfrentando um bom adversário, que soube aproveitar os contra-ataques, o Atlético tinha tudo para sair vitorioso, afinal, estávamos jogando em casa, e conquistar os três pontos era obrigação.
No entanto, mais uma vez, o Furacão decepcionou, principalmente no segundo tempo, quando a vitória estava em suas mãos.
Jogando um bom primeiro tempo, o Atlético criou boas jogadas, e a troca de passes entre Alan Bahia e Ferreira, fruto do primeiro gol, mostrava um Atlético com mais personalidade. Porém, o segundo tempo foi um martírio. No começo bem que os jogadores tentaram, mas não souberam aproveitar os contra-ataques e as claras chances de gol, deixando assim, dominar-se pelo time goiano.
Citar um destaque do jogo é muito difícil, mas pode-se dizer que o menos pior em campo foi Ferreira. Único jogador, que em minha opinião, mostrou-se veloz e tinha mais vontade de jogar e correr atrás do prejuízo.
Porém, pontos negativos têm de sobra. Começando por Givanildo, em escalar o time no esquema 3-6-1. Contando com apenas Pedro Oldoni no ataque, o garoto ficou perdido, não tendo domínio de bola, perdendo grandes chances e caindo de maduro. Meio desajeitado, marcou o segundo gol, pois a bola quase foi para fora, mesmo assim, segue na artilharia do campeonato, com seis gols. Pedro é um menino raçudo, defende com orgulho as cores do Atlético, mas infelizmente, ainda lhe falta experiência, e isto precisa ser corrigido, antes que o queimem ainda mais.
A zaga atleticana estava uma piada, sendo que os três gols sofridos foram por falha da mesma. Destaque para Danilo, que estava péssimo. Sinceramente, não sei o que aquela faixa de capitão faz em seu braço. O meio de campo ainda não consegue criar jogadas decentes e, na lateral, principalmente Ivan, não estava em seu melhor dia.
Quando Givanildo resolveu mexer no time, tirando Ivan e colocando Fabrício e, posteriormente, substituindo Erandir por Herrera, o time goiano fez a festa, quebrando o tabu de nunca ter vencido na Baixada, sob o comando do experiente e conhecido Antonio Lopes. O Goiás soube explorar, não apenas o meio de campo e o lado direito do campo que ficou totalmente aberto para o passeio do time verde, mas o total desequilíbrio causado pelo técnico Givanildo.
A torcida esteve presente, fez sua parte, mas não deixou de cobrar raça por parte dos jogadores, que mais uma vez deixaram a desejar. Inevitável o pedido da cabeça de Givanildo, o qual dificilmente permanecerá no comando técnico do Atlético, assim espero.
Acumulamos mais uma derrota em casa, e a cada jogo nossa incerteza aumenta. Um time que se mostrou tão confiante após vitória contra o Santa Cruz e tinha o objetivo de ficar entre os oito até a Copa do Mundo, acaba tendo que conviver com a síndrome de não vencer em casa e a pressão do valente e sofrido torcedor atleticano. É hora de providências, antes que seja tarde.
Priscila Pacheco é administradora e colaboradora da Furacao.com
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