Atlético procura financiamento para concluir Arena
Sonho maior da torcida atleticana, a conclusão da Kyocera Arena começará a virar realidade em 2007, com o início das obras para o término do estádio. De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Mario Celso Petraglia, depois que o colégio vizinho ao estádio deixar o terreno (em 31 de dezembro de 2006), o clube poderá iniciar os trabalhos. Até lá, o Atlético trabalha em duas questões referentes ao estádio: a capacidade de público da Arena e os recursos para a obra.
Sobre os recursos, Petraglia afirmou que o Atlético não pretende mais sacrificar o departamento de futebol para investir em infra-estrutura, situação que ocorre até hoje no clube, ou seja, parte do dinheiro conseguido com patrocínios, vendas de jogadores, premiação por títulos, é destinado à estrutura do clube construção do estádio, aquisição e reformas no centro de Treinamentos, reformas na sede administrativa.
Vamos buscar um financiamento a longo prazo porque o clube não quer usar mais nem o capital de giro e nem mais as receitas de transferência de jogadores para investir no patrimônio. Já foi feito um sacrifício muito grande até aqui. Vamos buscar que as propriedades possibilitem, a longo prazo, um financiamento de 10 ou 15 anos a ser pago com a receita da própria Arena, para que não tenhamos mais que sacrificar o futebol com transferências, disse Petraglia.
De acordo com o presidente, nesta terça-feira, dia 30 de maio, ele estará em Brasília para tentar apoio político para conseguir esse recurso. Cogita-se que o BNDES (Banco Nacional de Deselvolvimento Social) possa fazer um empréstimo ao Rubro-negro para que a Arena da Baixada seja concluída.
Projeto pode ser alterado
Além da busca de recursos, o Atlético também pode mudar o projeto inicial do estádio. Depois de verem que a Arena não pôde sediar a final da Libertadores da América porque não tinha capacidade mínima para 40 mil pessoas, os dirigentes do clube pensam em ampliar a capacidade final do estádio, para que não haja mais riscos desse tipo.
Quando foi planejada, a Arena teria capacidade final para 52 mil pessoas. No entanto, com o Estatuto do Torcedor, que obriga os estádios a terem lugares numerados nas arquibancadas, a capacidade final da Arena cairia para 36 mil lugares, devido à instalação das cadeiras em todo o estádio. Por isso, o Atlético encaminhou ofícios à Conmebol e CBF, em busca de um parecer, se com 36 mil lugares a Arena pode sediar uma final de Libertadores ou Copa do Mundo.
Estivemos no Rio de Janeiro alguns dias atrás em reunião com o presidente Ricardo Teixeira. Esperamos uma resposta oficial. Se vier o documento permitindo os 36 mil lugares, o projeto está pronto. Se vierem os 40 mil, nós já temos alguns contatos com grupo de arquitetos especializados e teremos de rever o projeto inicial. E conseqüentemente, também vai demorar um pouquinho mais, afirmou Petraglia.
Os esforços do clube, completou Petraglia, são visando também a Copa do Mundo de 2014, que tem o Brasil como candidato a sediar o mundial. De acordo com Petraglia, caso a competição seja realizada no Brasil, Curitiba entraria na briga por uma das sede, tendo a Arena como palco dos jogos. O Brasil precisará de 10, 15 novas arenas para que seja sede da Copa de 2014. Nós queremos ser os pioneiros disso. Quem chega primeiro, bebe água limpa, completou.