28 maio 2006 - 1h30

Atlético procura financiamento para concluir Arena

Sonho maior da torcida atleticana, a conclusão da Kyocera Arena começará a virar realidade em 2007, com o início das obras para o término do estádio. De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Mario Celso Petraglia, depois que o colégio vizinho ao estádio deixar o terreno (em 31 de dezembro de 2006), o clube poderá iniciar os trabalhos. Até lá, o Atlético trabalha em duas questões referentes ao estádio: a capacidade de público da Arena e os recursos para a obra.

Sobre os recursos, Petraglia afirmou que o Atlético não pretende mais sacrificar o departamento de futebol para investir em infra-estrutura, situação que ocorre até hoje no clube, ou seja, parte do dinheiro conseguido com patrocínios, vendas de jogadores, premiação por títulos, é destinado à estrutura do clube – construção do estádio, aquisição e reformas no centro de Treinamentos, reformas na sede administrativa.

“Vamos buscar um financiamento a longo prazo porque o clube não quer usar mais nem o capital de giro e nem mais as receitas de transferência de jogadores para investir no patrimônio. Já foi feito um sacrifício muito grande até aqui. Vamos buscar que as propriedades possibilitem, a longo prazo, um financiamento de 10 ou 15 anos a ser pago com a receita da própria Arena, para que não tenhamos mais que sacrificar o futebol com transferências”, disse Petraglia.

De acordo com o presidente, nesta terça-feira, dia 30 de maio, ele estará em Brasília para tentar apoio político para conseguir esse recurso. Cogita-se que o BNDES (Banco Nacional de Deselvolvimento Social) possa fazer um empréstimo ao Rubro-negro para que a Arena da Baixada seja concluída.

Projeto pode ser alterado

Além da busca de recursos, o Atlético também pode mudar o projeto inicial do estádio. Depois de verem que a Arena não pôde sediar a final da Libertadores da América porque não tinha capacidade mínima para 40 mil pessoas, os dirigentes do clube pensam em ampliar a capacidade final do estádio, para que não haja mais riscos desse tipo.

Quando foi planejada, a Arena teria capacidade final para 52 mil pessoas. No entanto, com o Estatuto do Torcedor, que obriga os estádios a terem lugares numerados nas arquibancadas, a capacidade final da Arena cairia para 36 mil lugares, devido à instalação das cadeiras em todo o estádio. Por isso, o Atlético encaminhou ofícios à Conmebol e CBF, em busca de um parecer, se com 36 mil lugares a Arena pode sediar uma final de Libertadores ou Copa do Mundo.

“Estivemos no Rio de Janeiro alguns dias atrás em reunião com o presidente Ricardo Teixeira. Esperamos uma resposta oficial. Se vier o documento permitindo os 36 mil lugares, o projeto está pronto. Se vierem os 40 mil, nós já temos alguns contatos com grupo de arquitetos especializados e teremos de rever o projeto inicial. E conseqüentemente, também vai demorar um pouquinho mais”, afirmou Petraglia.

Os esforços do clube, completou Petraglia, são visando também a Copa do Mundo de 2014, que tem o Brasil como candidato a sediar o mundial. De acordo com Petraglia, caso a competição seja realizada no Brasil, Curitiba entraria na briga por uma das sede, tendo a Arena como palco dos jogos. “O Brasil precisará de 10, 15 novas arenas para que seja sede da Copa de 2014. Nós queremos ser os pioneiros disso. Quem chega primeiro, bebe água limpa”, completou.



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