Núcleo de dignidade
Poderíamos ter perdido para o Palmeiras e ainda assim, o nosso time sairia aplaudidíssimo no final do jogo. Lembrou-nos um pouquinho aquele Furacão que estávamos acostumado a ver, um time guerreiro, pegador, cheio de vontade. Mas se só vontade ganhasse jogo, o time paraguaio seria sempre campeão mundial.
Há jogos em que a gente perde e sai envergonhado do estádio, sai de cabeça baixa como se tivesse apanhado do menino mais fraco da turma. Sai completamente sem moral. Contra os “porcos” foi diferente. E olha que eles também se portaram com muita garra. Tivessem jogado assim em todos os jogos anteriores desse brasileirão, o Palmeiras estaria, hoje, “beliscando” as primeiras colocações na tabela.
Mas, só vontade e o Cléber não ganham sempre. Chegará um dia em que far-se-á necessário muito mais qualidade, mais técnica no meio-de-campo, finalizações mais positivas, e aí, a “vaca atolará”, estará no brejo.
Todos devemos essa vitória ao Cléber, ele foi simplesmente fantástico, fenomenal, magnífico! Ah, se ele estivesse aquela tarde em Erechim!
O que doeu mais, ainda, foi ver todo aquele espaço ocioso na Baixada. Ela, a nossa “caliente” Baixada, poderia estar totalmente ocupada. Há torcedores para isso, mas a política financeira totalmente retrógrada, impede-nos de vivenciar esse espetáculo. Quando será que cairá a ficha na cabeça do Sr. Petraglia? Dessa forma que aí está, a diretoria está jogando contra o patrimônio.
Todo homem tem um ponto, um núcleo de dignidade, uma última paragem, o último estágio dentro de si mesmo em que, uma célula de bom senso lhe dirá: “chega, não posso ir adiante nesse projeto maluco, chega de birra, vou pensar no bem estar da nação atleticana, vou ouvir mais, vou sentar mais, vou dialogar mais, e o melhor para a nação atleticana, também será o melhor para mim, porque eu sou parte dessa nação atleticana.” Nesse instante, o milagre pode se dar na cabeça do Sr. Petraglia.
Mudando de assunto, ouvi rumores de que o Edmundo estaria para acertar com os coxinhas. Esse seria o benefício maior que o Palmeiras nos traria. Acrescentado a isso, somente aquela campanha encetada por um nosso colega aqui do “Fala, Atleticano”: “fica Gionedis, fica Bonamigo e agora, venha Edmundo!”
Marx dizia que a história se repete. Eu diria que o coxinha está prestes a praticar os mesmos erros de Luiz Mario e Aristizábal. Portanto, continua Gionedis!