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A possibilidade de uma solução consensual para o caso do atacante Dagoberto está adiada por pelo menos um mês. Os repreentantes do jogador descartaram retomar as negociações com o Atlético para a renovação do contrato do jogador, que se encerra no dia 23 de julho de 2007 e foi prorrogado por ordem judicial por mais 250 dias.

Em participação no programa Mesa Redonda do último domingo, Naor Malaquias, um dos procuradores do atleta, disse que não há possibilidade de retomada das negociações antes de nova decisão judicial ou da audiência de conciliação na Justiça do Trabalho marcada para o dia 10 de agosto. "Vamos primeiro resolver essa questão da justiça", afirmou ele em resposta a pergunta do apresentador Fernando Gomes. Para a mesma pergunta, o advogado do Atlético Marcos Malucelli destacou que o clube está à disposição para negociar e tentar chegar a uma solução consensual.

Naor Malaquias também destacou que Dagoberto irá obedecer a qualquer decisão judicial que porventura venha a ser tomada. Neste caso, restariam duas opções para o atleta: seguir cumprindo seu contrato de trabalho com o Atlético até o termo final estabelecido pela Justiça ou então promover a rescisão contratual mediante o pagamento da multa prevista. Atualmente, a multa gira em torno de R$ 16 milhões. Nos últimos doze meses de contrato, o valor cai para R$ 5,4 mi.

Caso cumpra o contrato até o final e se recuse a renovar o vínculo com o Atlético, Dagoberto poderá deixar o clube e assinar com qualquer outra agremiação. Neste caso, ninguém receberia pela transferência – nem o clube, nem o atleta e nem seus procuradores. Ou seja, a opção de não prorrogar o vínculo contratual com o Rubro-Negro pode gerar uma perda financeira também para o jogador, que deixaria de lucrar com uma transferência realizada na pendência do contrato.