Patriota, sou ou não sou?
Bem amigos do Furacao.com (que maneira nada criativa de iniciar uma coluna), final de copa do mundo, para alguns uma pena mas já para outros já vai tarde, confesso que me incluo neste último pois se existe uma coisa que nunca me causou amores foi essa tal de Copa do Mundo, acredito eu pelo fato de a seleção brasileira nunca ter me chamado muito a atenção, e de que toda a emoção advinda do futebol para mim tem um nome: Atlético Paranaense, mas vamos lá. Nestes dias após a eliminação da seleção canarinha no grande torneio pela seleção francesa, um fato foi inevitável de ser observado por mim que foi a enorme retirada de bandeiras e de pinduricalhos que enfeitavam carros e fachadas. Até entendo que a tristeza foi geral e que os melhores do mundo decepcionaram o seu convencido e até as vezes arrogante eleitorado, mas o que sempre escutei da torcida da seleção era de que deveríamos ser patriotas, demonstrar nosso amor pela seleção como sendo esse um dos maiores ícones da pátria!!! Oras, acredito que patriotismo não se mostra dessa forma, e é triste que para a maioria dos brasileiros o ato de ser patriota dura 30 dias a cada 4 anos (isso se o Brasil não cruzar com a França antes, é claro). O brasileiro tem o costume de lembrar a escalação do Tetra, os gols do Tri, a familia Felipão, mas dificilmente lembra em quem votou para vereador do seu município nas últimas eleições. São poucos que sabem cantar o hino nacional e entender o seu verdadeiro significado, e muito menos são os que podem dizer que foram voluntários pela pátria alguma vez, sendo trabalhar no processo eleitoral ou no serviço militar. Num país que precisa cada vez mais de pessoas com verdadeiro senso de patriotismo e civismo de verdade, é uma pena que o ser patriota seja confundido com o ser torcedor, e de que esse verdadeiro sentido esteja fraco, apagado e quase sumindo. Por enquanto nos resta muito pouco….aguardar mais 4 anos para ver novamente o patriotismo mostrar as caras!