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13 jul 2006 - 17h31

Cadê o Atlético?

Ontem estive presente ao verdadeiro desastre que foi o jogo CAP x Fortaleza. Confesso que pela primeira vez em toda a minha vida de torcedor tive votade de sair correndo. E olhe que digo isso com a segurança de quem sempre esteve com o Atlético mesmo nas piores horas. Claro que não fui embora, mas no caminho para casa passei a refletir sobre isso. Assim como eu, vários torcedores devem estar pensando o mesmo. A resposta, infelizmente, é triste. Não vejo saída para o Atlético se tudo ficar como está. A mesma espécie de teimosia que enterrou a Seleção Brasileira pode agora acabar com o Atlético. Givanildo fica porque “alguém” acha que ele deve ficar. “Alguem” acha que é melhor ampliar nosso estádio a qualquer preço, mesmo que isso signifique fazer com que nós tenhamos que suportar o empate com o Fortaleza em casa. “Alguem” acha que está certo sempre e não admite ser contrariado. É o “Terceiro Reich” instalado na baixada. Foi exatamente isso que levou o nosso time co-irmão para a segundona: delírios de grandeza, teimosia, falta de oposição e arrogância. Os senhores do Conselho estão convidados a me provar o contrário, me indicando aquele que teve a audácia de contradizer a vontade soberana e inquestionável. A torcida está calada (e com razão). O ânimo geral e os gritos de apoio acabaram. Enfim, a mística da baixada, que já nos levou aos céus ganhando jogos sozinha, está no chão. O Atlético perdeu a sua alma e isso faz a diferença.

Atualmente qualquer time pode vir a Curitiba, “passar a mão” no Atlético e ir embora. Há alguns anos, isso era impensável, independentemente da qualidade dos nossos jogadores. Quem se lembra de um jogo CAP x Londrina, lá pelos idos de 1996, em que a torcida praticamente fez com que um zagueiro chamado Jean empatasse o jogo? Será que faríamos o terceiro gol na semi-final de 2001 se a torcida estivesse calada como ontem? Nessas ocasiões sempre tive a sensação nítida de que quem realmente agiu foram os gritos ensurdecedores e intermináveis da torcida e não os pés dos jogadores. Várias vezes vi isso acontecer. Estou com saudades. Cadê tudo isso?

A sorte pode ter estado ao nosso lado por alguns tempos, mas abusar dela é demais. Ou algo acontece logo ou permaneceremos exatamente onde estamos; no caminho certo e inexorável da segundona. Lógico que mesmo que uma tragédia como essa ocorra (vade-retro, satanás), ainda assim ninguém irá abandonar o Atlético, que está definitivamente entranhado em todos nós. No entanto, para que este mal não nos aconteça, prefiro passar a gastar dinheiro com bons jogadores. Chega de concreto armado, dagobertos e quartos de luxo.



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