14 jul 2006 - 19h45

Dagoberto é suspenso por desrespeito a Givanildo

O Atlético anunciou nesta sexta-feira a aplicação de sanção disciplinar ao atleta Dagoberto Pelentier. O jogador foi punido com suspensão de suas atividades esportivas regulares por um dia de trabalho. De acordo com nota publicada no site oficial do clube, as declarações de Dagoberto à imprensa sobre seu afastamento da última partida foram consideradas inadmissíveis pelo diretor desportivo Marcos Moura Teixeira.

Trata-se de mais um capítulo da "novela" envolvendo o jogador. Diante da recusa de renovação de seu contrato por Dagoberto e seus empresários, o Atlético ingressou na Justiça do Trabalho pedindo a prorrogação por 348 dias em decorrência do período em que ele passou afastado dos gramados. Foi concedida decisão liminar deferindo parcialmente o pedido do clube e determinando que o contrato fosse prorrogado por 250 dias.

Em vista desses acontecimentos e da disputa que se travou publicamente entre os advogados do clube e os procuradores do atleta, o técnico Givanildo Oliveira declarou à imprensa que não utilizaria o jogador na partida contra o Fortaleza por considerar que não havia condições psicológicas de ele disputar o jogo. "Estou fazendo de tudo para que as coisas caminhem bem e para que o Dagoberto entre na hora certa", comentou o treinador.

Desrespeito

Depois do jogo, os três principais jornais paranaenses circularam com declarações de Dagoberto sobre o caso. A edição de quinta-feira da Gazeta do Povo publicou uma entrevista em que o atacante disse que faltou coragem a Givanildo para escalá-lo. Ele tratou o treinador com desdém: “Não tenho nada para conversar com ele, não. Vou continuar treinando. Vai que domingo acham que meu psicológico melhorou e me colocam pra jogar”.

A manchete da reportagem sobre o Atlético no Jornal do Estado desta sexta-feira foi ainda mais forte: "Givanildo mentiu, afirma Dagoberto". O jogador diz que não tem nenhum problema psicólogico e pediu: "Não venham encher lingüiça agora". Já à Tribuna do Paraná, Dagoberto disse que confiava no técnico Givanildo Oliveira, mas que com o episódio desta semana percebeu que no "mundo da bola tem muita gente sem palavra", em uma clara referência ao comandante atleticano.

Além das declarações à imprensa, o jogador teria agido de forma desrespeitosa perante todo o grupo atleticano. "O fato se agravou com novo desacato do jogador durante os treinos desta manhã, quando Dagoberto reiterou as ofensas, de viva voz, na frente dos demais atletas e de integrantes da comissão técnica", afirma a nota oficial publicada pelo Atlético em seu site.

Diante do comportamento do jogador, o técnico Givanildo levou o caso à diretoria do clube. “Minhas conversas com o Dagoberto sempre foram muito claras. Para encerrar esse caso, eu digo que o que eu tinha que fazer eu fiz, junto ao Marcos Teixeira e junto ao Dr. Mario. Agora é com o clube. A minha parte, como treinador, eu fiz da maneira que achei que tinha que fazer”, declarou o técnico em entrevista à imprensa.

Punição

A medida do clube foi anunciada logo depois. A punição ao atleta ocorreu através de ato administrativo interno. De acordo com o clube, Dagoberto já foi notificado da pena (suspensão por um dia de trabalho). A decisão teria partido de Marcos Moura Teixeira, novo diretor desportivo do clube. Ele classificou a conduta do jogador de "inadmissível". A base para a aplicação da pena foi o próprio contrato de trabalho do jogador e também as normas gerais da Confederação Brasileira de Futebol.



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