23 jul 2006 - 10h32

Dagoberto foi o estopim da demissão de Givanildo

A justificativa oficial do Atlético, de que a saída do técnico Givanildo Oliveira foi um “consenso entre as partes de que este era o melhor momento” foi logo desmentida pelo ex-treinador rubro-negro. Em entrevista neste sábado a várias emissoras de rádio da capital, Givanildo afirmou que o jogador Dagoberto foi o estopim para sua retirada no comando do time.

"Tentaram forçar a reintegração do jogador e aí eu perderia o comando sobre o grupo. Já havia avisado: comigo, o Dagoberto não joga mais", disse Givanildo em entrevista à Rádio Paraná, reproduzida na edição deste domingo no jornal O Estado do Paraná. O técnico também foi entrevistado pela Rádio Banda B (AM 550) e afirmou que não haveria condições de voltar a conviver com o jogador.

A briga envolvendo Dagoberto e Givanildo vem se arrastando há algumas semanas no CT do Caju. A disputa judicial entre o atacante e o clube para a renovação de seu contrato acabou respingando no gramado. Nas vésperas da reestréia do Atlético no Campeonato Brasileiro após a parada para a Copa do Mundo, Givanildo chamou Dagoberto para uma conversa e, após isso, o atacante deixou o CT do Caju, sem participar das atividades. Para a imprensa, Givanildo justificou que não escalaria o jogador porque ele não tinha condições psicológicas de jogo. Dagoberto desmentiu o treinador, dizendo que na conversa particular Givanildo havia alegado ordens superiores para sacá-lo do time.

Após o bate-boca via veículos de comunicação, o treinador disse que tentou um acerto pessoalmente com o jogador, pedindo uma retratação. “Ele se recusou. Não quis pedir desculpas e por isso o afastei", contou. Oficialmente, o Atlético divulgou uma nota informando que a suspensão do atacante era por um dia de trabalho de todas as suas atividades esportivas regulares.

De acordo com o ex-treinador, no início da tarde de sexta-feira, o diretor esportivo do clube, Marcos Moura Teixeira, procurou Givanildo e solicitou que ele reconsiderasse o afastamento de Dagoberto. “Queriam que eu aceitasse ele de volta depois de oito dias, e não é bem assim. Não podia depois de tudo o que falei para o meu grupo”, disse Givanildo. “Minha reação foi imediata. Disse que estava fora. Se aceitasse, não teria mais comando sobre o elenco", completou.

Apesar da saída do treinador, Dagoberto não foi relacionado pelo técnico interino do Atlético, Nilson Borges, para a partida deste domingo, contra o Vasco, em São Januário. A expectativa é de que com a chegada de Oswaldo Alvarez, que trabalhou com Dagoberto em 2003, o jogador seja reintegrado ao elenco atleticano.



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