Nostalgia
Lembro-me como se fosse hoje, do dia em que cheguei em casa e encontrei, na parede do meu quarto, vários recortes de jornal. Num deles estava Oséas com a taça de Campeão da Série B. Nos outros, manchetes que exaltavam o Clube Atlético Paranaense por ter voltado à Série A. Eu tinha exatamente sete anos nessa época. Que saudade.
Passaram-se onze anos. Onze longos anos. Não tenho saudades da Série B. Tenho saudades do Atlético vencedor. Tenho saudades daquela época em que eu, como uma pequena atleticana, tinha orgulho de dizer que o meu time era o Furacão. Esse orgulho se repetiu em 2001 com o título de Campeão Brasileiro e em 2005 com o vice da Copa Libertadores. Porém, atualmente, só posso dizer que tenho vergonha do meu time.
É incrível, mas o que vejo é algo que não posso explicar. Nem sequer consigo entender. É difícil de compreender como um time tão glorioso pode estar na situação em que está. Não acredito e não quero acreditar que o meu Atlético (aquele dos recortes de jornal) está à beira do precipício. Esse time é medíocre. Medíocre, e graças a um ilustre membro, mercenário.
Não agüento mais ver o Atlético em manchetes de jornais por causa de seus processos judiciais. Chega! Basta! Quero ver o meu time brilhar novamente. Quero sentir novamente a alegria de cantar o Hino após um título. Quero poder colocar, nas paredes do meu quarto, recortes de jornal engrandecendo o Furacão. Quero, simplesmente, que o meu time volte a vencer. Simplesmente isso.
Que o prêmio que eu receba por ter torcido tanto, sofrido tanto, não seja um retorno à Série B. Que eu possa olhar para trás e não ter nem um pouco de saudade daqueles anos dourados. Que Deus e, principalmente, a Diretoria me ouça. Amém.