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17 ago 2006 - 16h23

Queda do império bambi

Graças a uma falha espalhafatosa do Rogério Ceni, o Internacional sagrou-se campeão da Libertadores da América. O São Paulo não conseguiu tirar o jogo da final do Beira-Rio e tampouco conseguiu maquiar um contrato de 3 meses com um jogador, que faria somente mais uma partida pelo tricolor paulista. O Betis não caiu nessa, não caiu no “conto do fax.” O prestígio do São Paulo está em queda ou o do Inter está em ascensão, pronto para escrever uma nova história do futebol brasileiro? O tempo dirá. Cá comigo, penso que o São Paulo está se desmantelando, a casa está caindo. O tempo também dirá se isso é verdade ou não.

Mas, o que tem a ver este comentário com o meu querido Clube Atlético Paranaense? É simples: O Inter tem Rafael Sobis e nós temos o Dagoberto. Quando solicitado, o Sobis soube fazer a diferença, enquanto o Dagoberto esteve sempre longe das decisões. Algumas vezes estava machucado e em outras, “amarelava” mesmo. Quanto ao time do São Paulo, deverá percorrer o nosso Brasilzão afora para ver se logrará êxito na tentativa de “roubar” mais algum outro jogador inescrupuloso e desprovido de ética (não deverá encontrar muitas dificuldades nesse ramo). O problema maior é que, por mais que os Bambis estejam se especializando nessa arte, as “tetas” estão secando, estão ficando mais secas que os nossos reservatórios da Sanepar. O clubes estão se acautelando mais.

Quanto a nós, com as prováveis saídas de Ivan e Alan Bahia, e com a possível entrada do Marco Aurélio, penso que acertaremos. Mesmo que a zona do rebaixamento seja um fantasma a nos atormentar, penso que deveríamos nos concentrar, deveríamos nos focar exclusivamente – sem caça às bruxas -, em como poderíamos sair dessa situação. Bons jogadores e baratos, não são encontrados mais assim, tão facilmente como era há pouco tempo. Teremos que trabalhar mais na política de fazê-los, construi-los, garimpar semi-prontos (que sejam bons, com grandes características de serem bons mesmos), e lapidá-los. O futuro do futebol passa por isso.

O Sr. Petraglia age acertadamente no caso Dagoberto. “Dai a Dagoberto, o que é do Dagoberto, exatamente aquilo que ele plantou!” Desfocando um pouco do Dagoberto, para não dar muito holofote a quem não merece tanto assim, ficaríamos com a possibilidade de ver a nossa Arena Kyocera pronta.

Pela movimentação dos bastidores, a conclusão da Arena deverá ser o grande acontecimento da próxima década. Não há nada, com tamanha grandiosidade, que poderá ofuscar esse acontecimento. Não vi o projeto ainda, mas confio plenamente que os arquitetos designados para isso, darão um atendimento especial à acústica do grito de guerra da torcida atleticana. Deverão fazer com o nosso grito demore a sair da Arena, que ele possa incendiar os corações dos nossos atletas. Atletas que deverão ser escolhidos a dedo, rigorosamente selecionados entre os demais e que serão considerados aptos a vestir o sagrado manto rubro-negro.

Nós não cairemos para a divisão dos aflitos, lá não é o nosso lugar, isso está completamente fora das mais remotas e notívagas elucubrações. Nosso time não é time de ir para a segunda divisão. Em hipótese alguma isso acontecerá. Tivemos alguns acidentes de percurso, elos importantes da corrente atleticana se romperam em determinadas ocasiões, mas nada disso nos levará para a segunda divisão. Devemos todos, estabelecer um grande pacto de união. Admitimos que estamos passando um momento difícil, erramos em alguns pontos, mas temos um futuro muito promissor nos aguardando.

Coloquemo-nos no lugar daqueles que planejam o Clube Atlético Paranaense. Imagino-me aqui, eu, com grandes poderes para decidir sobre o futuro da construção da Arena da Baixada, a obra máxima da arquitetura paranaense dos últimos 100 anos. Paralelamente a isso, tenho que enfrentar os dissabores de uma contenda muito bem orquestrada pelos Malas, Ratinhos & Cia. Ltda., e de quebra, tenho que administrar as categorias de futebol do Clube Atlético Paranaense. Divido poderes, distribuo tarefas, elaboro equipes, mas, em algum ponto, erros acontecerão. Isso quer dizer que eu deveria ser o culpado? Eu deveria responder por todos os erros? Deveria ser “executado” em praça pública? Se assim fosse, isso me daria o direito tácito de tomar para mim, todos os galardões e benesses das conquistas? Certo? Claro que não. As conquistas foram coletivas, frutos de um trabalho elaborado por todo. Então, o erro é coletivo, inclusive nosso.

O trabalho do Sr. Petraglia ainda não terminou, está apenas começando e certamente, ainda dará muitos frutos ao nosso Clube Atlético Paranaense. Eu não teria condições de realizar esse trabalho gigantesco que foi feito no Clube Atlético Paranaense de 1995 até os dias de hoje.

E você, querido atleticano que agüentou a leitura e o meu raciocínio até agora, teria condições? Quem teria condições de fazê-lo? Vamos vasculhar em nossos arquivos individuais. Quem dentre nós, hoje, estaria apto a planejar, elaborar e concluir o que está para ser construído e finalizado? Não vou escrever nomes aqui, para que não haja constrangimento e tampouco é hora de reativar velhas fogueiras, mas dentre os nomes que poderia citar, nenhum deles teria condições de fazer esse trabalho. Esse é um trabalho para o Sr. Petraglia. A hora é de unir, compactar e não de fragmentar.

Confio plenamente no trabalho do Sr. Petraglia, e gostaria de lhe dizer, sinceramente: “Conclua o seu trabalho, reveja alguns pontos de vista, que demonstraram-se errados, no decorrer do tempo, e procure melhorar, dia após dia, para que toda a nossa nação atleticana possa usufruir do melhor em sua personalidade: A sua extraordinária capacidade de realização.”

Nós, os atleticanos que realmente amamos o Furacão, estamos prontos para lhe auxiliar nesse momento difícil. Conte conosco, conte com essa gente!



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