3 set 2006 - 22h55

"Foi um acidente", diz Vadão em coletiva

Acidente de percurso. Foi assim que o técnico Vadão resumiu a goleada por 5 a 0 sofrida para o Botafogo na tarde deste domingo. Na opinião dele, o time terminar o primeiro tempo perdendo por quatro gols e com um jogador a menos foi um acidente. “Por isso temos muita coisa para conversar porque para acontecer o acidente nós temos que saber a causa dele. Fizemos uma partida muito abaixo do que vínhamos apresentando e pagamos por isso. Hoje não produzimos”.

Para ele, faltou inteligência e posicionamento à equipe após a expulsão de Cristian, além da ansiedade do empate, abrindo espaço para contra-ataques e mais gols. Porém o técnico não quis destacar negativamente um ou outro jogador. “Não posso transferir a responsabilidade para um só jogador porque eu também carrego a minha. Foi uma jornada negativa onde não só muitos jogadores não participaram bem como a minha também não foi boa. Taticamente eles não produziram o que poderiam produzir”.

Além disso, Vadão também isentou o meia Cristian da responsabilidade da derrota. “Ninguém está determinando a derrota nas costas do Cristian. Só estamos falando que, ao ficarmos com um jogador a menos, nós nos desequilibramos e alguma coisa aconteceu. Temos que conversar para resolver”. Mesmo assim, o treinador se mostrou inconformado com a postura da equipe mesmo desfalcada. “Já estivemos em outras oportunidades com 10 jogadores e não passamos o que passamos hoje em casa”.

Vadão também comentou sobre a partida contra o Paraná Clube, válida pela Copa Sul-Americana, analisou as alterações que teve de realizar durante o jogo e parabenizou a atuação botafoguense.

Confira as declarações do comandante atleticano à imprensa:

ERROS
“Faltou inteligência no momento da expulsão do Cristian. Naquele momento, nós estávamos perdendo por 1 a 0. A gente passava as informações, embora fosse difícil naquele momento ter um controle do jogo. A gente tinha que ter um posicionamento mais tranqüilo e não querer agredir o adversário a todo custo dando o contra-ataque. Se você analisar, a maioria dos gols que sofremos foram assim. Antes do quarto gol, nós tínhamos perdido de fazer o nosso primeiro. No momento da expulsão até o final do primeiro tempo aconteceu o que fizemos no segundo. Jogamos com mais inteligência, tranqüilidade, tivemos uma postura melhor, embora não termos feito o gol e reagido, mas tivemos um domínio maior até os 30 minutos do segundo tempo. Tivemos mais controle do jogo, mas faltou posicionamento a partir do momento em que o Cristian foi expulso”.

ACIDENTE
“Foi um acidente. Ninguém poderia prever, duas equipes tão equilibradas como estavam Botafogo e Atlético. Até na ascensão as equipes mantinham um certo equilíbrio, as duas vinham de três vitórias. Você prever que vai terminar o primeiro tempo perdendo de 4 a 0 em casa e com um jogador a menos é um acidente de percurso. Temos muita coisa para conversar porque para acontecer o acidente nós temos que saber a causa do acidente. Nós precisamos detectar para ver se teve algum motivo a mais do que um acidente de percurso, porque foi uma partida muito abaixo do que vínhamos apresentando e pagamos muito por isso. São coisas do futebol como aconteceu também com o Palmeiras hoje na Vila Belmiro.”.

EXPULSÃO DE CRISTIAN
“Ninguém aqui está querendo colocar a responsabilidade em cima do Cristian. A gente só está falando que, ao ficarmos com um jogador a menos, nós nos desequilibramos e, para isso, alguma coisa aconteceu e nós temos que conversar para resolver. Agora, você sofrer mais três gols ainda no primeiro tempo mostrou que a gente não estava num dia feliz. Já estivemos em outras oportunidades com 10 jogadores e não passamos o que passamos hoje em casa. É óbvio que alguma coisa a mais aconteceu. Ninguém está determinando a derrota nas costas do Cristian. Estamos dizendo que foi um acidente de percurso e a equipe não produziu. O Atlético não conseguiu repetir outra boa atuação, como foi quarta-feira contra o Santos. E depois, em virtude de tudo que aconteceu, acabou sofrendo a derrota que não estava nos nossos planos”.

COPA SUL-AMERICANA
“Tão importante quanto o resultado, eu disse isso aos jogadores, é a reação. O resultado nós não temos mais como conquistar, esses três pontos perdidos em casa. Agora, a reação para o próximo jogo, e depois o outro jogo pelo Brasileiro, é o que vai determinar a nossa força. Diferente de tudo que tem acontecido, nesse momento temos que mostrar atitude e nos recuperarmos já na quarta-feira contra o Paraná Clube. Estamos vindo de um resultado negativo, mas o Paraná também está. É um clássico nesse sentido, eles estão melhores do que nós na tabela do Brasileiro, mas a Sul-Americana está 0 a 0 e as duas equipes vêm de resultados ruins”.

ALTERAÇÕES
“Você falou em velocidade: se eu colocasse o Pedro Oldoni que nem no banco estava, não estamos falando em velocidade porque ele não tem. Temos duas coisas distintas. Uma coisa é o Oldoni. Ele é um caso à parte, não estava no banco e não tínhamos como aproveitar. Sobre o Marcos Aurélio, nós entendemos que tínhamos que ter uma consistência maior no meio. O nosso meio estava aberto, por isso tomamos quatro gols. O raciocínio nosso, o certo ou errado, foi diferente. Trazer um homem a mais no meio-campo, equilibrar o meio, tentar ganhar o jogo e fazer o primeiro gol. Não adianta pensar em quatro gols, tem que fazer o primeiro. A torcida ia se motivar, nós também, tentaríamos fazer o segundo e assim por diante. Como eles também tinham jogadores amarelados e que poderiam ser expulsos no decorrer do jogo, a gente também tinha a chance de reagir. Eles tiraram os amarelados no intervalo, assim como nós modificamos e tivemos uma maior consistência no meio. Dominamos os 25, 30 minutos finais, mas ainda foi insuficiente”.

LATERAIS
“Quando sofremos o primeiro gol, numa falta que no nosso entendimento não aconteceu, em seguida veio a expulsão do Cristian. Quando você fala em matar as jogadas pelas laterais é óbvio que você tem que ter os jogadores ali para matar essas jogadas. Se eles estão fazendo uma triangulação ou jogadas em dupla, nós também temos que ter dois ou três jogadores para bloquear. Na perda do Cristian, a gente se segurou porque ele marcava por um lado e o Ferreira por outro. A gente segurou porque o Ferreira ficou só na faixa central e foi aí que o time quis fazer o gol, empatar com muita ansiedade e deixamos espaço. Você falou que o Zé Roberto foi o melhor em campo, eu achei que foi o Claiton, porque ele pegava a bola na meia lua e levava até a outra. Foi aí que perdemos o jogo, no meu entendimento. Deixamos o volante deles levar a bola até o Zé Roberto. Até então, no jogo passado, O Santos não conseguiu fazer isso e o Botafogo também veio aqui jogar no 3-5-2”.

REFORÇOS E AUSÊNCIAS
“A gente tem conversado com a diretoria, mas o momento é inoportuno porque a gente não acha jogador com essa facilidade. O André Rocha entrou bem, vinha treinando bem, fez uma partida boa contra o Santos, mas agora não podemos isolá-lo porque a equipe toda foi mal. Não foi mal individualmente, mas taticamente. Não posso transferir a responsabilidade para um só jogador porque eu também preciso carregar a minha. Foi uma jornada negativa onde não só muitos jogadores não participaram bem como a minha também não foi boa. Taticamente eles não produziram o que poderiam produzir”.

BOTAFOGO
“Como que vamos subestimar um adversário com 27 pontos, sendo que nós estamos a três da zona de rebaixamento, depois de tanto sufoco, para subir um pouco os degraus na classificação? Única coisa que a gente não podia fazer era menosprezar o adversário, não temos nem condição para isso. Não temos condição numérica na tabela para menosprezar ninguém, ainda mais o Botafogo, que vinha em ascensão e cresceu muito nos últimos jogos”.

VEXAME
“Outro dia coloquei o William e o Válber, faltando poucos minutos para terminar o jogo, um sofreu a falta, houve a cobrança e o outro fez o gol. Futebol tem isso. Naquele momento eu vi, mesmo com um jogador expulso, a equipe ia se posicionar corretamente, ia manter os dois atacantes e ia empatar. Depois, no intervalo, com um placar de 1 a 1, mesmo com um jogador a menos, poderíamos consertar no vestiário. Infelizmente aconteceu tudo ao contrário, tudo que a gente raciocinou no primeiro tempo deu errado e nós tivemos que pagar o mico”.



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