17 set 2006 - 17h01

Análise de Atlético 2 x 1 Santa, por Wagner Ribas

Análise de Atlético 2 x 1 Santa Cruz
por Wagner Ribas

Contra um adversário que tinha tudo pra ser uma presa fácil, o Atlético venceu, mas venceu com muita dificuldade e uma pitada de sorte, daquelas que batem vez ou outra para grandes times.

A tarde fria e chuvosa, além da pouca expressão do adversário pernambucano, afastou a torcida do estádio, mesmo assim, cerca de cinco mil e trezentas pessoas estiveram presentes na Kyocera Arena, embalados pela bacana musica, “Só eu sei, por que não fico em casa” e tentaram jogar com o time rubro-negro.

Todos esperavam o Santa Cruz recuado, mas ao iniciar o jogo, pode-se ver uma equipe bem armada por Fito Neves, que sabendo da posição em que se encontra e não tendo outra alternativa diferente de pontuar, veio marcando o Furacão em cima, e partindo para o ataque, onde criaram boas oportunidades. Mesmo com a fraca qualidade individual de jogadores como Jorge Henrique e Bruno Lança.

No Atlético, o que se viu, foi uma zaga com os mesmos problemas de sempre no jogo aéreo, o lateral esquerdo Michel jogando com muita disposição e em alguns momentos nos fazendo lembrar de Marcão, e Denis Marques, não quebrando sua insaciável mania de perder gols. Para ele, inclusive, daria uma dica, quando ele tiver a oportunidade e conseguir, finalmente, marcar um gol, que faça como todo atacante em crise, se benza na comemoração do gol, limpe os péssimos fluídos que vem carregando, passando a mão como se estivesse varrendo o próprio corpo. Faça o sinal da cruz, fique de joelhos no campo, reze três ave-marias. Quem sabe dê certo. E se não der, aconselho o corte das trancinhas.

O jogo, que começou com um ataque perigoso do Santa Cruz, não demorou muito para ficar monótono. O Atlético, que abriu o placar com Marcos Aurélio, até a entrada de Válber no segundo tempo, jogava pouco e criava pouco, chegava próximo a área adversária, mas sempre errando no penúltimo passe e desperdiçando por muitas vezes boas chances de armar contra-ataques e matar a partida. Permitindo, dessa forma, que a equipe pernambucana fosse encontrar o empate. Apesar de toda a dificuldade, a equipe não demonstrou falta de vontade, lutando até o final, sendo recompensada com um gol salvador de William, aos 49 minutos do segundo tempo. Deixando o Atlético com 30 pontos, mas ainda com pouca distância do grupo de rebaixamento.

Individualmente, gostaria de citar Christian, que foi importante em outras partidas, mas dessa vez não conseguiu repetir as boas atuações, errando muitos passes. Marcos Aurélio, mesmo não atuando muito bem, marcou o seu, e vai demonstrando faro de gol, mas precisa soltar mais a bola. Cléber, fez boas defesas, como já vem fazendo a tempos, porém, pelo menos pra mim, e talvez possa estar solitário nesse pensamento, desde o jogo contra o Botafogo, perdeu um pouco de sua confiança. Sem dúvida Cléber é um excelente goleiro, mas precisa perder um pouco da timidez e falar mais com sua defesa, cobrar e orientar. Pois Danilo e João Leonardo, já demonstraram que não sabem liderar, e quem sabe sendo liderados por alguém, possam jogar um futebol pelo menos razoável.

Perguntar não ofende, quais predicados Danilo tem para ser nosso capitão atualmente?

Wagner Ribas é colaborador da Furacao.com. Clique aqui para entrar em contato com ele.

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