O jogo com o Santa Cruz me levou a uma conclusão: temos hoje no atlético um time básico, simples, que embora não seja totalmente ruim carece de peças mais complexas que criem, que comandem, que finalizem, justifico:
Basicamente a defesa é fraca e falta comando. Tomamos um gol onde o atacante do Santa Cruz fez e desfez. JanCarlos, não dá mais, alguém tem de avisá-lo que sempre que sobe tem de voltar, cansei de ver bolas nas costas de nossos laterais, isto não é básico? Evanílson quando estréia? Ele não pode ser a pessoa que usando de seu histórico comande um pouco melhor esta defesa? Isso não é básico?
Sobre o ataque: Denis Marques, basicamente um bom atacante, ganha na corrida, faz lances bonitos, mas perde gols óbvios porque não tem o básico do fundamento, acho que o que falta para ele é treinar, hora e horas, chutes e mais chutes no paredão para acertar. Como dizem no popular, botar o “pé na forma” e resolver o que chamam de deficiência técnica. William, basicamente fez o que é preciso, entrou, não atrapalhou e fez o gol.
Verifiquei as estatísticas do site UOL e lá consta que o Furacão não faz nada além do básico, é o terceiro que mais finaliza, em compensação é o quarto que mais sofre finalizações, ou seja, um time que joga e deixa jogar, basta na prática melhorar um dos dois pontos que o time deve ou marcar mais ou não sofrer tantos gols. Básico não?
Agora, com relação às vaias, tenho de dizer uma coisa, estava no setor MadreMaria e quando o segundo gol saiu, com muita gente já indo embora mas quem lá estava pode ver, um abraço, grande, com quase todos os jogadores do meio e ataque do atlético, não me pareceu comemoração, mas sim desabafo de um grupo que lutou, enfrentou suas claras limitações, e buscou um resultado. Este grupo necessita de apoio não vaias.
Concordo que as vaias foram desnecessárias e o momento sugere muito mais união, principalmente por que se vencer seus dois próximos confrontos, o Goiás (fora) e São Caetano (casa) o Atlético dará um passo fundamental, quase decisivo para fugir do rebaixamento.
A Baixada deve ser um caldeirão para o adversário, não para nós.