25 set 2006 - 23h35

Próxima parada: Buenos Aires

Nesta quarta-feira, às 19h15, o Atlético jogará pela primeira vez contra um time argentino em Buenos Aires. O adversário será o tradicional Clube Atlético River Plate, um dos clubes de maior torcida do país. Para saber mais da história do clube, a Furacao.com preparou um resumo para o torcedor atleticano.

Em 25 de maio de 1901 nascia um dos clubes mais tradicionais do futebol argentino: o Club Atlético River Plate, fundado por Leopoldo Bard. O nome do time faz referência ao Rio de la Plata, próximo a Buenos Aires. Acredita-se que, nos primeiros momentos do clube, um dos fundadores viu marinheiros no porto de Buenos Aires descarregando caixas e ficou intrigado com as marcações nela: "The River Plate".

Com 105 anos de história, o River Plate conquistou inúmeros títulos, sendo considerado o “Campeão do Século” do futebol argentino – foi o clube que mais vezes ganhou os torneios locais, com 32 títulos, entre os Torneios Apertura, Clausura, Nacional, Metro e a Copa Campeonato. Na galeria dos títulos mais importantes estão os campeonatos internacionais: a Taça Intercontinetal (1986), a Copa Interamericana (1987), duas Copas Libertadores (1986 e 1996) e a Supercopa (1997). O River Plate foi o primeiro clube sul-americano a liderar o ranking da Federação Internacional e História e Estatísticas do Futebol – IFFHS, em 1998.

Entre os apelidos do clube, dois se destacam de forma especial: “Milionários”, dado na década de 30, quando o clube comprou vários jogadores muito caros para a época; e “La Máquina”, dado a partir de 1942, quando o clube saiu pelos estádios do mundo, arrasando adversários, espalhando emoções e conquistando títulos. Entre 1941 e 1957, o River conquistou dezessete títulos. Para se ter idéia do poderio do time, em 1941, por exemplo, com o ataque formado por Muñoz, Moreno, Pedernera, Peucelle e Labruna, o River Plate fez 75 gols em 30 partidas e conquistou o campeonato argentino.

Em 1942, La Máquina teve seu maior reconhecimento público da história: na decisão do Campeonato Argentino daquele ano, depois de estar perdendo por 2 a 0 para o rival Boca Juniors em plena La Bombonera, o River conseguiu empatar o jogo por 2 a 2 e conquistou o título. Na comemoração, enquanto os jogadores do River Plate davam a volta olímpica na casa do rival, a torcida do Boca assistia a tudo no maior silêncio. Mas, de repente, em pé, começou a aplaudir seu eterno adversário, num feito histórico.

Estima-se que o River tenha hoje uma torcida composta por cerca de 15 milhões de pessoas. Sua principal torcida organizada são os “Los Borrachos del Tablón” (os bêbados da arquibancada), conhecidos por sua fidelidade ao clube. A torcida é também caracterizada por cenas de violência. Durante a Copa do Mundo da Alemanha, membros desta facção causaram problemas nos jogos da seleção argentina. Aqui no Brasil, a cena mais conhecida foi num jogo contra o São Paulo, no Morumbi, quando os torcedores travaram uma briga com a Polícia Militar.

Em toda a sua história, grandes nomes da história do futebol defenderam a camisa do River, como Labruna, Di Stefano, Sivori, Passarella, Fillol, Francescoli, Caniggia, Goycochea, Ramón Díaz, Ayala, Astrada, Ortega, Gallardo, Crespo, Salas, Sorín, Saviola, Aimar, D’Alessandro, Cavenaghi, Mascherano e Luis González.

A casa do River

Palco da partida desta quarta-feira contra o Atlético, o estádio Monumental Antonio Vespucio Liberti, mais conhecido como Monumental de Nuñez, é o maior da Argentina. Com capacidade para 66.450 pessoas, o nome é uma homenagem ao presidente do clube na época da construção do estádio, Antonio Vespucio Liberti. O apelido Monumental de Nuñez vem pelo seu tamanho e localização: o bairro de Nuñez, em Buenos Aires.

O estádio foi oficialmente inaugurado em 25 de maio de 1938 e um dia depois recebeu seu primeiro jogo de futebol, com a vitória do River Plate por 3 a 1 sobre o Peñarol, do Uruguai. Apenas 20 anos após sua inauguração, as arquibancadas em forma de ferradura foram fechadas, formando um oval. Na Copa do Mundo de 1978, na Argentina, o estádio foi palco da abertura e da final do Mundial, vencido pela Argentina sobre a seleção holandesa, por 3 a 1.



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