Quinta Feira, dia 28, às 15:21, portanto a exatos dois dias do jogo, e após trinta minutos de fila, o segurança veio avisar que o meio-ingresso” acabou de acabar”, tanto na Madre Maria, como na Buenos Aires.
Já perdi as contas de quantas vezes fui surrupiado no legítimo direito de pagar meio ingresso para meu filho, com quem sempre vou ao jogo, o qual é menor, de 13 anos, estudante, portador de toda documentação possível e imaginária, portanto AUTORIZADO POR LEI, a entrar em locais públicos pagando meio ingresso.
A diretoria do Atlético distorce os fatos: alega que se deixar correr frouxo, em pouco tempo o estádio inteiro se beneficiaria da prebenda, onde todos só pagariam a metade, isto em função da existência de muitas carteirinhas falsas, as quais habilitam seu portador ao meio ingresso.
Oras bolas! Eu não tenho nada a ver com isto! Se o Atlético é incompetente para detectar documentos falsos apresentados em suas portarias, o problema e o ônus são só dele.
Nesta realidade, alguém portando documentação falsa adentra ao estádio pagando meio ingresso, sem fazer jus a este direito; a seu lado, meu filho, que tem direito por lei ao benefício, paga ingresso inteiro, ou seja: quem paga a sacanagem do pilantra, e a incapacidade gerencial do Atlético, sou eu! – Isto é justo?
O meio ingresso é instituído por lei. Não é mera liberalidade do Sr. MCP, que é quem, em última análise, define quantos torcedores serão laureados com o meio ingresso a cada jogo, numa legítima e desleal tômbola da sorte, onde ninguém sabe quando, ou a que horas vai acabar. Tudo vai depender da importância do jogo, e do humor do pequeno imperador.
Apenas mais uma mácula na obscura; arrogante e despótica diretoria do nosso querido Rubro Negro.