Análise de Atlético 1 x 1 Cruzeiro, por Gustavo Rolin
Análise de Atlético 1 x 1 Cruzeiro
por Gustavo RolinNa tarde deste domingo, o Atlético conseguiu empatar um jogo que estava em suas mãos. Os pontos que perdemos contra o Cruzeiro poderão fazer muita falta neste campeonato equilibradíssimo. E voltamos a nos preocupar com o zona do rebaixamento…
O jogo começou como de costume: o time adversário tendo maior posse de bola, e escassas tentativas de contra ataque com o sobrecarregado Ferreira. Fica nítido em jogos contra equipes da parte superior da tabela como nosso time é limitado. O Cruzeiro, mesmo atuando fora de casa, tomava o controle do jogo com relativa facilidade. Parecia questão de tempo o gol cruzeirense até que Michel, em uma belíssima jogada individual, colocou o Furacão em vantagem.
Após o gol, o time mineiro se abriu e permitiu ao Atlético criar diversas chances de gol. Bola na trave de Ferreira, gol imperdível desperdiçado por … Denis Marques. A expulsão do bom Martinez no fim do primeiro tempo fez com a torcida atleticana vislumbrasse uma vitória tranqüila. A ilusão durou apenas alguns minutos do segundo tempo.
O Atlético simplesmente não voltou para o segundo tempo. Mesmo com um jogador a menos, o Cruzeiro pressionava o rubro-negro, que não ameaçava o gol de Fábio. E em uma falha grotesca da zaga (inédito não?), Wagner, 1,75 m, mesmo marcado por Danilo, 1,84 m, empata o jogo de cabeça. Daí pra frente, o jogo foi marcado por três milagres do goleiro Fábio e pela atuação ridícula do nosso zagueiro César, que substituiu o criticado João Leonardo.
A atuação de César merece um parágrafo exclusivo. Não me lembro de ter visto atuação tão bizarra de um zagueiro atleticano na Baixada. Logo ele, que numa enquete do Furacao.com foi eleito o melhor reforço atleticano para este Campeonato Brasileiro. Eu fui um dos enganados. Quando foi anunciada sua contratação, acreditava que ele poderia ser a segurança na nossa zaga, perdida desde a saída do guerreiro Marcão. César não ganhou absolutamente uma jogava, quase entregou um gol de bandeja e para encerrar a atuação pavorosa, foi expulso.
A duas rodadas atrás, estávamos a cinco pontos tanto da Libertadores como do descenso. Após dois empates, estamos a quatro pontos da zona do rebaixamento, e a dez da Libertadores. Não podemos nos enganar, atleticanos: nossa batalha é na parte debaixo, e não na parte de cima da tabela. E com atuações como a deste domingo de nossa zaga, Marcos Aurélio cada vez pior e com o jejum eterno de Denis Marques, tudo leva a crer que sofreremos até a última rodada.
A atenção dos atleticanos agora volta-se para o dificílimo jogo contra o River Plate, que venceu bem o super clássico contra o Boca Juniors pelo Campeonato Argentino. Uma possível classificação pode nos dar um pouco de ânimo, tão necessário para um time limitado como o nosso.
Gustavo Rolin é colaborador da Furacao.com. Clique aqui para entrar em contato com ele.
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