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14 out 2006 - 14h58

Malditos hereges!

Estamos vivendo a era contemporânea? Ou a Idade Média da Santa Inquisição? “Óh pobres almas que não crêem! Duvidais do trabalho do Vadão? Então toma a classificação para as quartas de final! Malditos hereges!! Apoiai o Denis Marques senão ardereis no fogo do inferno! Demônios!! DE-MÔ-NI-OS!!! NÃO VAIAIS!!! nefastos!!

Sinceramente estamos procurando pêlo em ovo. Até parece que o Denis não faz gols porque é vaiado, que o Vadão é retranqueiro porque a torcida enche o saco dele, que o Atlético está perto da famigerada “zona” porque o torcedor não comprou os pacotes. E que o time é bom sim, eu é que sou exigente.

Mas por que toda essa discussão? Por que levantar esses detalhes pequenos de nóis dois, eu e você hein, Atlético?

Simples: a paixão é cega. Estamos invertendo valores. O time do River Plate fazendo pressão e o batuque parado. de repente eu vejo uma cena inédita: A Getúlio Vargas puxando gritos de incentivo: A-TLÉ-TI-CO!!! Malditos hereges! Vão queimar no inferno com suas caveirinhas!!!! O Denis então? Pobre esforçado. Corre, luta, tropeça na bola, chuta errado, chuta grama, chuta torto, mas chuta. Por que não crês! Ateu! O que falar então?

Na realidade, a verdade nua e crua, estamos num ano turbulento, em que o torcedor nunca esteve tão dividido. Se isto acontece é porque há algo de errado. Concordam? Se estivesse tudo certo essas intermináveis discussões não seriam mais levantadas. Não defendo quem vaia ou quem apóia. Não defendo nem critico qualquer um que entra em campo só porque gosto deste ou daquele. É a paixão. O time é ruim. Queremos que vença, mas não dá para aplaudir sempre. Muito menos este ano! Absolutamente também concordo que os cornetas devem ser sempre minoria, afinal nossa força, que vem das arquibancadas, não pode se inverter. Mas vi cenas ridículas no estádio. Pareciam duas torcidas. Uns pró “Ciclano” outros pró “Beltrano”. A guerra das preferências. Todo mundo louco. Quem vem primeiro? Deveria ser o Atlético.

Temos que entender que a torcida reage conforme o que se apresenta em campo. Duvido que o atleticano mais fanático, daqueles chatos e exigentes, que joga a cerveja para cima e a pipoca no chão a cada passe errado, duvido mesmo que qualquer um deles torce para o Denis Marques chutar para fora (Não!!! Gol do Denis não!!!) ou pro Vadão perder o jogo (É isso mesmo!!! Tomara que perca!!! Tinha que por o William hoje! Agora também que se dane!!!).

A nossa torcida é a mais bonita e a mais vibrante. Mas está se tornando tão exigente quanto qualquer torcida de time grande. Afinal não é isso que queremos? Um Atlético grande e forte? Não chegaremos à bestialidade de torcidas grandes do Brasil, que não sabem cobrar. Acham que o melhor mesmo é depredar o próprio patrimônio do clube, bater em jogador, vaiar até quando ganha. Somos diferentes. Apaixonados. A cobrança cresce com o clube. Em nenhum momento se deixa de apoiar. Porém aquela fé imensurável dos tempos do Pinheirão não existe mais. Naquela época nós sabiamos que era torcer para um milagre. Coisa de time pequeno. Hoje somos grandes! E graças ao bom Deus, não atrapalhamos os jogadores em campo. Eles mesmos se atrapalham. Sozinhos!



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